Quinze das 105 unidades escolares do nível primário, que estão em processo das matrículas para o ano lectivo de 2013, desde 01 de Outubro, com término previsto para 31 de Dezembro próximo, em Maputo, já esgotaram o número de vagas.
Dados avançados ao @Verdade pelo chefe do Departamento de Planificação, na Direcção da Educação e Cultura da Cidade de Maputo, Samuel Menezes Buque, indicam que até ao momento foram matriculados 13.700 alunos, num universo de 24.181 previstos.De acordo com Samuel Buque, estes números significam que ainda há 10.440 vagas por ocupar no ensino primário.
Até esta segunda-feira (29), nas palavras do nosso interlocutor, quinze escolas tinham as vagas esgotadas, maioritariamente do Distrito Municipal Kampfumo, dentre elas BABA da COOP, 3 de Fevereiro, 16 de Junho, entre outras. Existem também escolas de alguns distritos municipais que estão na mesma situação.
Carteiras não serão suficientes nas escolas
Atento ao número das crianças escritas, Buque reconhece o problema da falta de carteiras que assola as escolas moçambicanas, em particular da capital do país, vai ainda se fazer sentir.
“Mas há um esforço no sentido de anualmente as salas em construção serem equipadas com o devido mobiliário. Há um fundo do Orçamento do Estado que a cada ano é usado para a compra de carteiras. Por ano, em média são adquiridas cerca de 2.500 carteiras, mas para o presente ano conseguimos apetrechar as escolas com 3.100 carteiras. Porém, este número não é suficiente, tanto para o nível primário, assim como para os outros subsistemas de ensino nacional”, explicou.
Nas contas do nosso interlocutor, “se anualmente conseguirmos repor 2.500 carteiras, então podemos resolver o problema, mas temos que saber conservar o antigo mobiliário sob pena de nunca atingirmos a meta, que consiste em ter todas as salas de aulas equipadas”.
Em relação ao livro, o chefe do Departamento de Planificação, na Direcção da Educação e Cultura da Cidade de Maputo assegura que para a 1ª e 2ª classes o mesmo é colocado a 100 porcento. Por via disso, os novos ingressos para o ano lectivo de 2013 não terão problemas.
“Nunca tivemos constrangimentos com estas classes. Muitas vezes o livro sobra e serve de ajuda para algumas escolas comunitárias. A coisa complica-se a partir de 3ª a 7ª classes porque vez que o material não é posto a 100 porcento”, sustentou a fonte.