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Matola em Festa!

Os autarcas matolenses estão em festa, hoje, sexta-feira, 5 de Fevereiro de 2010, pela passagem de mais um aniversario desde que a zona metropolitana da Cidade de Maputo foi elevada a categoria de Cidade. A Cidade da Matola, com uma superficie de 375 km², é altamente industrializado, concentrando cerca de 60% do parque industrial do País, o que faz desta Cidade o Maior Parque Industrial do País.

A então Vila Vila Salazar, sede do Conselho da Matola, Distrito de Lourenço Marques (hoje Província Maputo), foi elevada a categoria de cidade através da Portaria nº 83/72, de 5 de Fevereiro. A sua importância económica esteve desde o início associada ao crescimento das relações económicas entre Moçambique e a África do Sul, o que permitiu o desenvolvimento industrial e dos transportes e comunicações. As actividades económicas expressam-se no desenvolvimento da agricultura comercial e na extensa rede de indústrias, transportes e comunicações.

Dados históricos sobre Matola, predominada por tsongas, do ramo rongas, e existem ainda os chope, os bitonga e os tswa, revelam que a área o seu primeiro estatuto foi de Posto, criado a 17 de Novembro de 1945, quando Moçambique era colónia portuguesa, abarcando três centros populacionais, nomeadamente Boane, Machava e Matola Rio. Segundo dados pesquisados, os progressos registados levaram à emancipação municipal, criando-se o Concelho da Matola em 1955 e a consequente Câmara Municipal da Matola para a reger.

Uma portaria de 20 de Abril de 1968 determinou que a então Vila da Matola se passasse a denominar Vila Salazar, em homenagem ao presidente do Conselho de Ministros de Portugal, António de Oliveira Salazar. Eugénio Castro Spranger foi o primeiro presidente da câmara, sucedido por Abel Baptista que impulsionou um processo de urbanização do concelho iniciando, já em 1963, a construção do Cemitério da Matola, a residência oficial do presidente da Câmara Municipal e os Paços do Concelho. Paralelamente, constroem-se a Igreja Paroquial de São Gabriel, o Cinema de São Gabriel, a Escola Primária Paula Isabel, a Escola de Santa Maria, a Escola do Dr. Rui Patrício e a Missão de Liqueleva.

Mais tarde, são estabelecidas as Escolas Secundárias da Matola e da Machava, a Escola Industrial da Matola e o Cinema 700. Na zona industrial, estabelecem-se fábricas de cimento, a CIM, o complexo mineiro dos CFM, a Shell Company e a Caltex. O crescimento do fluxo diário de pessoas entre as então Vila Salazar e Lourenço Marques (hoje Maputo) levou à criação da Companhia de Transportes de Moçambique. No início da década dos 70, a indústria expande-se para a Machava e implantam-se novos bairros, como o do Fomento e o da Liberdade.

Em 1967, Abel Baptista retirase e sucede-lhe Fausto Leite de Matos. Através de uma portaria de 5 de Fevereiro de 1972, a vila ascende a cidade, passando a chamar-se Cidade Salazar. No ano seguinte, implantam-se novos bairros na Machava e regista-se um significativo aumento da densidade populacional em áreas que até aí tinham características rurais: Khongolote, Bunhiça e Sikwama. Com a independência do país, a 25 de Junho de 1975, recupera-se o nome original, passando a denominarse Cidade da Matola.

A Câmara Municipal passou a ser dirigida por um presidente nomeado pelo Governo de Moçambique, o primeiro dos quais foi Rogério Daniel Ndzawana. O sistema de funcionamento da câmara não se alterou substancialmente, se bem que passou a ser dada mais atenção às populações dos bairros mais necessitados, sobretudo na construção de fontanários de água. Em 1980, por resolução da então Assembleia Popular (hoje, Assembleia da República), a Matola perdeu a sua autonomia ao ser integrada na cidade de Maputo. Esta anexação paralisou o processo de desenvolvimento da cidade.

Com o processo de democratização do país, abriram-se as portas para a restauração do estatuto municipal, confirmado pelas primeiras eleições autárquicas, realizadas a 30 de Junho de 1998. Na sequência destas eleições foram instalados os novos órgãos de poder local: a Assembleia Municipal e o Conselho Municipal. O primeiro presidente do Conselho Municipal da Matola foi Carlos Almerindo Filipe Tembe, eleito nas primeiras eleições autárquicas de 1998 e reeleito em 2003. O seu falecimento súbito em Dezembro de 2007 levou à sua substituição pela presidente da Assembleia Municipal, Maria Vicente, em 10 de Janeiro de 2008.

Eleito nas eleições autárquicas de 2008, Arão Nhancale tomou posse em 5 de Fevereiro de 2009 como novo presidente do Conselho Municipal. Em Novembro de 1996 o município português de Loures e a cidade de Matola assinaram um Protocolo de Geminação e Acordo de Cooperação com fundamento no uso comum da língua portuguesa.

A Cidade da Matola, actual Capital da Província de Maputo, situa–se na parte Sul da baía de Maputo, sobre o corredor do mesmo nome, e tem como limites físicos o Distrito de Moamba à Norte e Noroeste, o distrito de Marracuene à Norte e Noroeste, a Cidade de Maputo a Este e Sudueste, Boane e Catembe ao Sul e Sudoeste.

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