Rádios de comunicação militar, uma repetidora, uniforme, parte do qual da empresa privada G4S e outro com as cores do que é usado pelos guerrilheiros da Renamo, algemas, coletes, botas e uma motorizada foram encontrados numa residência no bairro Luís Cabral, na cidade de Maputo, e suspeita-se que a mesma servia como um covil de malfeitores.
A Polícia da República de Moçambique (PRM), que mostrou o equipamento à imprensa, disse que o proprietário da casa está em parte incerta, mas há um trabalho com vista a localizá-lo para explicar como o material foi parar em seu domicílio e qual era o fim.
O comandante da PRM na cidade de Maputo, Bernardino Rafael, disse que as autoridades também pretendem saber com quem comunicavam as pessoas que usam aquele equipamento que só deve pertencer à Polícia ou a instituições paramilitares, segundo as normas previstas na lei.
No local havia ainda armas de fogo do tipo AK47 retiradas antes de a Polícia chegar, de acordo com Bernardino Rafael.
Em relação ao fardamento verde, semelhante ao dos guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, Bernardino disse que não se está a acusar esta formação política , até porque “pode ser um membro que guardou” o uniforme naquela casa. “A residência é tida como albergue de criminosos e os homens-catana levantavam as catanas exactamente” lá.
Um outro esconderijo foi desmantelado no bairro de Maxaquene. Aliás, em 2015, a PRM desfez um outro esconderijo com material militar na Polana Caniço.
No que aos acidentes de viação diz respeito, a PRM disse que estes continuam a matar na capital moçambicana, onde na semana finda causaram pelo menos três óbitos, igual número de feridos ligeiros e 12 feridos ligeiros, em sete sinistros rodoviários.