Marina Silva, candidata à Presidência pelo PSB derrotada na primeira volta, anunciou, este domingo (12), o apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves, na disputa da segunda volta das eleições.
“Votarei em Aécio e o apoiarei”, afirmou Marina num evento realizado em São Paulo, no qual afirmou ser movida pela “consciência” para tomar essa decisão. “Aécio correctamente interpretou o que está a acontecer no Brasil nas últimas décadas”, disse.
“O que acabo de fazer aqui faz parte da campanha e do envolvimento na campanha”, disse. Marina não esclareceu, no entanto, a forma como vai participar da campanha do tucano, mas disse que isso será discutido com Aécio.
Segundo Marina, que passou a ocupar a liderança da chapa do PSB depois da morte do candidato Eduardo Campos, chegou o momento de apostar na alternância do poder.
O anúncio de Marina ocorreu um dia depois de Aécio ter se comprometido, por meio de um documento, com parte de propostas feitas pela ex-candidata depois de ser derrotada. O tucano já havia recebido o apoio do PSB para a segunda parte, que disputa com a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.
Das sugestões apresentadas por Marina, Aécio comprometeu-se com a ampliação de políticas sociais e da participação popular, manutenção da prerrogativa do Executivo de demarcar terras indígenas, além de reiterar o seu “compromisso programático” com a questão ambiental, tema-chave para Marina, e com a “retomada” da reforma agrária.
Na votação da primeira volta, Marina ficou com 21,3 por cento dos votos válidos, pouco mais de 22,1 milhões de votos. A presidente Dilma obteve 41,6 por cento, ou quase 43,3 milhões, enquanto Aécio teve 33,6 por cento, o equivalente a 34,9 milhões.