As obras em curso no âmbito do Projecto de Reabilitação, Reforço e Expansão do Sistema de Abastecimento de Água ao distrito de Boane e Municípios de Maputo e Matola, na província de Maputo, estão na sua recta final, prevendo-se que, no segundo semestre do presente ano, as populações abrangidas possam beneficiar da água resultante desta iniciativa.
O facto foi confirmado, quinta-feira, na Matola, pelo Presidente do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Agua (FIPAG), Nelson Beete, durante a cerimónia de inauguração de oito pequenos sistemas de abastecimento de água em cinco bairros do município da Matola.
Segundo Beete, a conclusão deste projecto e outros projectos em curso em Moçambique vao ajuda o país a cumprir os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, no concernente a provisão do precioso líquido.
“Esperamos que as metas do Milénio venham a ser alcançadas. Estamos agora a concluir o grande projecto de abastecimento de água a Matola, Maputo e Boane e, no segundo semestre, vamos começar a fornecer a água através desses sistema”, disse Beete.
Refira-se que, a luz das Metas do Milénio, a taxa de cobertura no concernente ao abastecimento de água deverá atingir 70 por cento da população urbana até 2015.
O projecto em referência está orçado em 95 milhões de Euros, co-financiado pelo Banco Europeu de Investimentos, União Europeia, Governo da Holanda através do Programa ORET, Agência Francesa de Desenvolvimento e Governo de Moçambique.
As obras compreendem a ampliação da estação de tratamento de água do Umbelúzi para permitir uma produção adicional de 96.000 metros cúbicos/dia, construção de 19 quilómetros de um nova conduta de transporte de água do Umbelúzi para Matola e melhoria das condutas existentes, construção de novos centros distribuidores em Tsalala, Boane, Ka Tembe, Belo Horizonte e Matola Rio.
O trabalho compreende ainda a instalação de cerca de 600 quilómetros de rede para abastecer os bairros de Tsalala, Malhampsene, Sikwama, Tchumene, Beluluane, Matola-Rio, Belo Horizonte, Vila de Boane, Massaca e Picoco.
As previsões indicam que, num futuro breve, a barragem dos Pequenos Libombos, onde é captada água consumida em Maputo, Matola e Boane será incapaz para suprir a demanda, como consequência do rápido crescimento populacional, razão pela qual impõe-se a adopção de outras alternativas.
A este propósito, Beete revelou que está em preparação um projecto que visa o aproveitamento da água da barragem de Corumana, no posto administrativo de Sabié, distrito da Moamba, província de Maputo. No âmbito do referido projecto, prevê-se a construção de uma nova estação de tratamento naquele distrito.
“Estamos a usar agora aquilo que é a capacidade da barragem dos pequenos Libombos e, depois, vamos complementar com a capacidade a instalada na barragem de Corumana”, explicou.
A barragem de Corumana e a de Moamba Major são consideradas como fulcrais para garantir o abastecimento de água à cidade de Maputo e ainda para acomodar o desenvolvimento previsto nos próximos 20 a 50 anos. Beete revelou ainda que o projecto da barragem de Chicamba, no centro do país, também está na fase conclusiva.