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Maputo será Kanpfumo até Junho de 2010

A capital de Moçambique deverá ser rebaptizada, pela segunda vez, desde a independência, quando se chamava Lourenço Marques, passando agora de Maputo para Kanpfumo, até finais de Junho deste ano.

Assim será caso o Governo central aprove a proposta do novo topónimo submetido para o efeito pelo Conselho Municipal de Maputo, nos princípios de Janeiro passado, no âmbito da atribuição de novos nomes a locais e itinerários desta cidade. Samora Moisés Machel foi quem mandou mudar o nome de Lourenço Marques para Maputo, no decurso de um comício em 1976.

O actual esforço está a ser considerado por Teresa Chissequere, directora adjunta de Planeamento Urbano do Conselho Municipal da cidade de Maputo como visando uma maior valorização e reconhecimento do património sociocultural do país. Chissequere estimou, entretanto, em apenas 40% das cerca de três mil vias de acesso, entre avenidas, ruas e pracetas, que, nessa altura, passarão a ter novas designações, no âmbito ainda do decorrente processo de valorização do património histórico/cultural e social de Moçambique.

Salazar

Nos últimos dois anos, a mudança de nome abrangeu 113 avenidas, ruas e pracetas, de acordo igualmente com a directora adjunta de Planeamento Urbano da capital moçambicana, realçando que “o esforço visa eliminar designações desajustadas da realidade moçambicana por estarem ligadas à exaltação de figuras do sistema colonial português, por exemplo”, referiu, falando ao Correio da manhã.

O edil da cidade de Maputo, David Simango, considerou, entretanto, a manutenção de designações coloniais atribuídas como “fomentadoras do sistema colonial, para além de não dignificarem a história de Moçambique”. Noémia de Sousa, Fanny M’pfumo, Alexandre Langa, Graça Machel, Justino Chemane, Maria de Lurdes Mutola, Rafael Maguni e Zaida Lhongo são alguns dos nomes de moçambicanos que passaram a constar da nova toponímia da cidade de Maputo, alterada desde 2006 a 2009. Em Fevereiro último, a ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, havia garantido ao jornal que a nova divisão administrativa de Moçambique iria ser anunciada publicamente ao longo do presente ano de 2010, juntamente com novas designações de localidades, postos administrativos, ruas e avenidas.

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