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Marcha pela paz e contra onda de sequestros nesta quinta-feira em Maputo

Espera-se que sete mil e 10 mil cidadãos participem numa marcha pacífica nesta quinta-feira (31), na capital de moçambicana, em apelo à paz e repúdio à onda de sequestros que nos últimos tempos assolam as principais cidades do país.

Liderada pela Liga dos Direitos Humanos (LDH), a manifestação pacífica de indignação e repúdio à violência é co-organizada pelas Organizações da Sociedade Civil e confissões religiosas e todos os cidadãos interessados deverão participar.

Segundo o programa divulgado pelos organizadores, a concentração para a caminhada será feita na Estátua Eduardo Mondlane, donde deverá se marchar até a praça da Independência, local que acolherá o momento mais alto deste evento: a leitura do manifesto, pela presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabote.

O documento depois de lido deverá ser entregue a embaixadas de diferentes países e outros representantes da comunidade internacional. A onda de raptos constitui uma grande preocupações para a população que entende estar a haver uma apatia por parte das autoridades competentes.

Recentemente, um caso ocorrido na cidade da Beira, Sofala, chocou meio mundo, quando uma criança de 13 anos foi assissinada pelos raptores, após terem tido conhecimento de que os familiares do menor haviam participado o caso à polícia.

Entretanto, por outro lado, ainda essa semana, seis de cerca de oito indivíduos que estavam em julgamento em associação aos raptos foram condenados a 16 anos de prisão. Entre os condenados constam alguns agentes da polícia, sendo que um deles pertencente a considerada “polícia de elite”, que cuida da segurança do Chefe do Estado.

A comunidade muçulmana ou moçambicanos de origem asiática desde o início desta fenómeno de raptos foi apontada como sendo o principal alvo, contudo este facto foi se alterando com a popularização deste crime. Uma nota dos organizadores da marcha, em apelo à maior participação refere que “a situação de raptos já está a passar dos limites, ontem foram uns, hoje são outros e amanha serão outros. Os que já sofreram não pensem que não poderá o mesmo se repetir.”

Assim de acordo com o mesmo documento os estalecimentos comerciais deveriam ser encerradas nesta quinta-feira e as crianças não serem mandadas a escola “Os objectivos seriam exigir que o ministro fosse exonerado naquele momento e a retirada das tropas de Muxungue e arredores. (…) arranjar facilitadores e mediadores para as negociações dos partidos,” aponta a nota.

Em Junho passado, uma marcha pacífica de repúdio a violência, organizada pela sociedade civil, teve que ser adiada devido a fraca presença de cidadãos.

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