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Maputo em balanço ao som de Mutema

Pela primeira vez, desde que há 14 anos emigrou para a Escandinávia, onde está radicado, o músico moçambicano, Deodato Siquir, actua na noite de hoje, 18 de Julho, em Maputo. O concerto que se realiza depois de o compositor ter criado já duas célebres obras discográficas, Balanço e Mutema, servirá para a disseminação das sábias mensagens que os discos possuem…

É provável que na actuação de Deodato Siquir que ocorre na noite desta sexta-feira, 18 de Julho, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, se siga a ordem da criação das suas duas obras discográficas, dançando-se ao som de um bom Balanço – numa primeira parte – para depois finalizar-se o show com algumas músicas do Mutema, o seu segundo álbum.

Ainda não se sabe ao certo o que irá acontecer, portanto, tudo isto é apenas um diagnóstico. A verdade, porém, é que Deodato Siquir é um mensageiro a quem cabe “a missão de transportar os hábitos daqui para lá e de lá para cá, misturando as culturas. Eu sou o elo entre a cultura africana, moçambicana e a cultura europeia da Escandinávia”, disse relatando a sua experiência artística.

E não lhe faltam argumentos para sustentar a sua actuação: “Sou crente em Deus que é a Entidade que me deu o talento a fim de mandar a mensagem para o povo moçambicano. Depois de ter estado na Europa, ao longo desses anos, acho que, por intermédio do trabalho que tenho desenvolvido, há pessoas que pesquisam no Google sobre Moçambique. Sou o embaixador cultural deste país”, refere enfatizando, naturalmente, que é mestre ver o seu concerto.

Outras qualidades com que Deodato Siquir enriquece as suas composições (além dessa arquitectura que as tornam verdadeiros workshops sobre a vida) é o multilinguismo – o artista canta em xichangana, português e inglês – que agrega um grande interesse público nas suas obras em várias perspectivas. Uma delas é o facto de Deodato levar, através da sua música, uma língua moçambicana muito local, o xichangana, para a Europa e, musicalmente, interagir com as pessoas.

Segundo o artista, independentemente da língua em que se veiculam os conteúdos, o importante é a mensagem e o fascínio musical. “É que a música tem uma magia que até hoje não consigo descrever. Muitas vezes, a gente não precisa de entender aquilo sobre o qual o artista canta. Não importa se a composição é interpretada em chinês ou em inglês. O essencial é que, inevitavelmente, a música contém algo que nos guia a fim de percebermos o sentido da sua mensagem – se triste ou alegre”.

O seu show é intitulado Notícias Que Te Trago e, através dos trabalhos discográficos Balanço e Mutema, cada um com histórias peculiares, vamos ao Centro Cultural Franco-Moçambicano celebrar a primeira actuação a solo, para um público alargado, na terra-natal de Deodato Siquir.

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