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Manifestantes atacam fábricas em protesto por posse de terras e direitos na Etiópia

Manifestantes etíopes danificaram quase uma dúzia de fábricas e fazendas de cultivo de flores de propriedade maioritariamente estrangeira e destruíram dezenas de veículos nesta semana, somando prejuízos económicos ao saldo de mortes crescente de uma onda de tumultos devido à concessão e direitos de terras.

Os episódios de violência lançam sombras numa nação na qual um impulso de industrialização levado a cabo pelo governo criou uma das economias africanas que crescem mais rapidamente, mas onde o governo também vem enfrentando críticas internacionais e uma oposição popular cada vez maior por sua abordagem autoritária.

O confronto se seguiu à morte de ao menos 55 pessoas no domingo, quando a polícia disparou gás lacrimogéneo e atirou para o ar para dispersar os manifestantes na região de Oromiya, perto da capital, causando uma debandada.

Com isso, subiu para 450 o número de pessoas que grupos de direitos humanos e opositores dizem ter sido mortas em tumultos desde 2015.

Uma pesquisadora norte-americana foi morta na terça-feira quando seu carro foi atacado por pessoas que atiravam pedras perto de Adis Abeba.

O Governo afirma que o saldo de mortes citado pelos críticos está inflacionado.

A emissora Fana Broadcasting, que é vista como próxima do Estado, relatou no seu site que 11 companhias, que vão de empresas têxteis a um fabricante de plásticos e fazendas de cultivo de flores, foram danificadas ou destruídas, e que mais de 60 veículos foram incendiados.

A empresa holandesa FV SeleQt disse que a sua fazenda de cultivo de vegetais de 300 hectares e o seu armazém foram saqueados. Outra firma da Holanda, a Africa Juice, disse que a sua fábrica foi parcialmente destruída.

O gerente de uma das empresas turcas, a têxtil Saygin Dima, disse à Reuters nesta semana que pelo menos um terço de sua fábrica foi incendiado.

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