O ex-Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré, é visado por um mandado de captura internacional no quadro do dossier do assassinato, em 1987, de Thomas Sankara, então Presidente burkinabe, durante o golpe de Estado que o o colocou no poder.
Segundo fontes judiciais, este mandado de captura internacional contra Compaoré, exilado desde a sua destituição a 31 de Outubro de 2014 na Costa do Marfim, remonta ao início de Dezembro corrente.
Em Maio último, a Justiça Militar burkinabe procedeu à abertura da suposta sepultura do pai da revolução burkinabe, Thomas Sankara, a fim de determinar as causas reais do seu desaparecimento físico e identificar os seus restos mortais.
Os primeiros resultados indicaram que o presumível corpo de Sankara estava crivado de balas. O general Gilbert Diendéré, antigo colaborador de Blaise Compaoré e autor do golpe de Estado frustrado em meados de Setembro último, foi inculpado pela Justiça por cumplicidade no assassinato de Sankara. Ele está suspeito de ter conduzido o comando que assassinou, na noite de 15 de Outubro de 1987, o capitão Sankara.
Segundo um dos advogados dos herdeiros do finado, análises praticadas nos restos mortais do Presidente Thomas Sankara não permitiram determinar o seu DNA devido ao “estado da decomposição dos seus restos”, mas estes resultados serão entregues quarta-feira às autoridades competentes. Uma dezena de militares do ex-Regimento da Segurança Presidencial (RSP), que protegia Compaoré, figuram entre os acusados neste dossier de Thomas Sankara.