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Mamparra of the week: José Buque – Stv

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Senhoras e senhores, avós e avôs, meninas e meninos

O Mamparra desta semana é atribuído a um grupo que envolve o director comercial da Electricidade de Moçambique (EDM), que, para a resolução de um eventual conflito conjugal, contratou uns agentes policiais e uma equipa de televisão para exibir uma alegada tentativa de sequestro e assassinato contra si.

Tendo em conta que se trata de um funcionário de um empresa pública, logo, auferindo dos impostos de todos nós, usou parte do dinheiro que lhe pagamos todos o santo fim do mês, para exibir a sua mamparrice, num roteiro prenhe de imaginação, em que ele é a vítima, a companheira a vilã, e os polícias uns santos.

Todos os condimentos foram montados de tal maneira que ele merece ser laureado por especialistas em drama como o Mamparra da semana, quiçá do mês de Outubro.

Os agentes da polícia no enredo encenaram os seus papéis, secundados por uns jovens que acreditavam que estavam a fazer uma grandiosa reportagem de “jornalismo de investigação”. As hierarquias policiais trataram de esclarecer a opinião pública nacional afirmando que aquela novela de José Buque era uma mamparrice da sua própria conta e risco.

Em três capítulos, no horário nobre, uns incautos colegas acabaram por roçar na mamparrice de Buque, ao acreditarem cegamente que estavam a tratar de um assunto de relevância nacional, quando na verdade o mesmo era do fórum privado (neste caso de um casal), que, como outros, tem os seus problemas e os seus espaços para a resolução.

Para isso também servem os tribunais. Mas o Mamparra do José Buque, que do anonimato chegou ao estrelado na sua genial e inédita mamparrice, tinha, como já é dado a saber pela edição do Magazine Independente desta semana, propósitos inconfessáveis: manipular juízes e a polícia para findar a sua relação com a sua incauta senhora.

Isto significa que os nossos impostos foram abusivamente usados para filmagens clandestinas, polícias prestaram um mau papel para a instituição e uns jovens caíram no ridículo nesta mamparrice que deverá entrar nos anais da história dos detentores de posições de relevo nas NOSSAS empresas públicas.

Será que o enredo, já que perguntar não ofende, foi escrito com o beneplácito do Conselho de Administração da nossa empresa de electricidade?

Quanto é que ganharam os zelosos agentes da polícia para a alegada “investigação”? Sim, porque para tal foram pagos dos nossos impostos. Tempo custa dinheiro e aqueles zelosos agentes da polícia estavam num negócio extra, pago pelo Mamparra do José Buque?

Este Mamparra do Buque, ao extravasar os seus problemas do “quarto” e ofender a consciência de vastas famílias de bem da sociedade moçambicana, deveria ser afastado da posição que assume, sob o risco de a moda pegar, já que estamos numa época de “modismos”’ em que as coisas da moda têm logo alguns seguidores.

A alta tensão que ele criou na sua mamparrice beliscou e feriu a imagem da Electricidade de Moçambique.

Será que os seus colegas e superiores hierárquicos aplaudiram aquele enredo?

José Buque, ao chegar a este podium que só alguns ilustres conseguem, propomos que seja eleito director num canal televisivo, no departamento para assuntos de maridos ofendidos.

Basta deste tipo de mamparras.

O país não merece, a sociedade não merece, as crianças de hoje e senhores do amanhã não merecem serem ofendidos por este tipo de mamparrices feitas com o dinheiro dos nossos impostos. Mamparra, Mamparra, Mamparra.

Até para a semana

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