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Mamparra of the week: Afonso Dhlakama

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós

O mamparra desta semana é o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que a partir do seu “santuário”, em Sathunjira, na serra da Gorongosa, voltou a proferir vitupérios que lhe são característicos, ao prometer dividir o país ao meio!!

É preciso recordar que Dhlakama já subiu a este pódio dos mamparras, pelas mesmas razões, logo no início do ano. Também é preciso recordar que as reivindicações da Renamo, partido que ele dirige, têm razões de ser no que tange, sobretudo, à partidarização do Estado, entre outras, mas isto não lhe dá o direito de ser arrogante, petulante. Não ao apelo à desordem.

Dhlakama não pode esquecer que é um dos signatários do Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de um conflito armado entre “irmãos”, mas hoje, enquanto os seus representantes buscam, junto do Governo, soluções políticas nas propaladas “negociações”, que acontecem todas as segundas-feiras, ele já deu ordens belicistas que resultaram na morte de militares e civis.

Afinal a delegação do seu partido, chefiada por Simon Macuiane, o que anda ali no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano a fazer? Estão numa sessão de entretenimento com a delegação do Governo que tem à testa o “irmão chinês”, citado como delapidador das florestas nacionais?

Nesse Segundo Conselho Nacional da Renamo que se realizou esta semana no seu “santuário”, em Sathunjira, segundo as imagens que nos foram brindadas tanto pelo canal público – TEVE ÊME – como pelo privado – ESSE TÊ VÊ – apenas Dhlakama, o todo poderoso líder, é que aparece a falar perante aplausos rasgados de cerca de trezentas almas. Será que os outros não tinham opinião?

Ou então este plano de dividir o país já há muito foi traçado pelos membros daquela formação política? A Renamo e o seu líder voltaram às parangonas, este ano, depois de um longo período de hibernação, graças à arrogância soberba de algumas mentes beligerantes no seio do Executivo que foram “provocar” este antigo movimento rebelde. Daqui, via Sathunjira, este ponto do país passou a ser referência do calão político em vigor, e é isto que Dhlakama e os seus correligionários têm de saber capitalizar.

Há dias, segundo o MediaFAX, um diário electrónico distribuído a partir da capital, ficámos a saber que o líder da Renamo, numa atitude digna, inaugurou uma moageira que aquela formação política comprou para os moçambicanos residentes nas redondezas de Satunjira. Dhlakama tem de percorrer o Moçambique inteiro e continuar a capitalizar o descontentamento generalizado que tomou conta dos cidadãos deste país, cujas riquezas têm sido sistematicamente abocanhadas por um pequeno grupo de capitalistas.

Agora andar às ameaças não!!! Se assim for, só lhe resta voltar a ser mamparra.

É que alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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