Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
Os mamparras desta semana são os ditos partidos extra-parlamentares, que esta semana decidiram ir pedir audiência (e foram recebidos) ao Presidente da República Armando Guebuza, depois dos incendiários acontecimentos que vêm semeando luto nas famílias moçambicanas nos últimos dois meses.
Esta atitude, que numa outra hora devia ser de saudar, aparece como um acto propositado de protagonismo político, pois os mamparras estão a ver as eleições que se avizinham e querem facturar por cima da carne do povo, do qual esperam arrecadar votos.
Esta mamparrada, que considero ser a mamparrada do ano, teve como protagonistas os mamparras habituais, alguns deles célebres e ilustres convidados aos congressos de um famoso partido, que até lhes tem dado espaço, no podium, para fazerem eco aos propósitos do “patrão grande”.
E no palco do show do “patrão grande”, têm direito a hospedagem, alimentação e a mais condições.
Só agora é que se aperceberam de que o Governo da Frelimo e a Renamo estão aos tiros? Em Abril onde é que estavam quando houve o ataque em Muxúngue? Estavam a criar patos, essa nobre ave da família dos palmípedes que já faz um ÚNICO moçambicano tão rico?
Esta coisa de fazer oposição é um assunto muito sério que não pode ser levado com desdém, de forma pornograficamente leviana, para quem pretende ser alternativa política neste país.
Que tipo de partidos extra-parlamentares são estes que vêm por cima do luto de famílias apenas para aparecerem nos meios de comunicação social?
Já que estiveram com o Presidente da República e reza o ditado que “perguntar não ofende”, porque não vão à Sathujira, lá na serra da Gorongosa, falarem com o presidente da Renamo, o senhor Afonso Dhlkama?
Sim, porque só assim teria sentido, mesmo que extemporaneamente, a visita que foram fazer ao Presidente Guebuza.
Este bando de oportunistas tem que ser imediatamente travado para que estas mamparradas tenham um fim risonho à vista.
E na senda de “perguntar não ofende”, chegaram estes “políticos” a efectuar visitas às casas dos militares e civis perecidos nesta “guerra” entre os dois beligerantes de ontem, de hoje e, ao que tudo indica, de amanhã?
E depois, as notícias dizem que o encontro com a tal oposição extra-parlamentar foi à porta fechada…
Vá lá o diabo tecer o que lá se discutiu.
Alguém tem que pôr um travão a este tipo de mamparices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!