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“Mambas” homenageiam Mário Coluna com um empate

Em partida de carácter amigável, inserida na data FIFA, as selecções de Moçambique e de Angola empataram, nesta quarta-feira (05), a um golo. O jogo de homenagem a Mário Esteves Coluna teve lugar no Estádio Nacional do Zimpeto, na cidade de Maputo.

A chuva que cai nos últimos dias na cidade de Maputo, tendo moderado na última quarta-feira (05), não impediu que o público amante de futebol pudesse afluir em massa ao Estádio Nacional do Zimpeto para ver, in loco, a homenagem a Mário Esteves Coluna, antigo seleccionador nacional de futebol. Nem mesmo, diga-se, o factor “noite”, sobretudo num dia útil da semana.

O confronto entre os “Mambas” e as “Palancas Negras” foi testemunhado por cerca de 7 000 espectadores, maioritariamente moçambicanos – como era óbvio. As duas equipas em campo, com a particularidade de juntar, um ano depois, jogadores que actuam no estrangeiro dos respectivos países, renderam homenagem ao “Monstro Sagrado” com o habitual um minuto de silêncio.

No fim da contenda, juntos por irmandade, ainda coloriram de branco o famoso ENZ envergando as camisolas que perpetuam, no peito, a imagem de um ícone do futebol moçambicano e português que pereceu aos 78 anos.

A imagem do jogo

Não foi, de todo, um bom regresso da verdadeira selecção nacional. A expectativa em torno do “regresso” dos que militam no estrangeiro frustrou-se. Nem as boas defesas de Campos, que soube corrigir com mestria os erros defensivos, as entradas oportunas de Mexer, a movimentação de Zainadine Júnior e de Miro pelas bandas, o olhar atento de Simão Mathe e a profundidade de Dominguês conseguiram enganar a falta de disciplina táctica para colocar veneno nos “Mambas”.

Era preciso maior responsabilidade nas movimentações de Josimar no centro do meio-campo, o que exigiu esforço e pensamento dobrado de Dominguês; mais ousadia de Telinho, pouco assertivo nos passes e pontaria afinada de Hélder Pelembe.

Moçambique até dominou nos primeiros 20 minutos. Todavia revelou sérios problemas na recuperação defensiva, o que tornava perigoso o contra-ataque angolano. Que se diga do minuto 21, quando o silêncio assombrou o Zimpeto. Nando invadiu a grande área e sem contemplações abriu o marcador. Até ao intervalo assistiu-se a um jogo em que os angolanos estiveram mais perto de ampliar a vantagem do que uma eventual resposta dos donos da casa.

Moçambique despertou e acreditou na etapa complementar. E não foi necessária muita mestria para tal, acreditando-se que João Chissano, durante o intervalo, fez devidamente a terapia de grupo. Hélder Pelembe voltou inspirado e, no minuto 65, restabeleceu a verdade do jogo.

Sem mais ocorrências, que não sejam da estreia de Faizal Bangai que em 11 minutos não foi capaz de mostrar o seu real valor, tendo desferido um remate para as mãos de Landu, Wellington Kaoma deu por terminado o embate.

Moçambique, que não ganha há 13 partidas consecutivas, realizou o seu décimo sexto jogo diante da Angola, somando sete empates, seis derrotas e apenas três vitórias.

Ficha técnica

Moçambique: Ricardo Campos, Dário Khan, Mexer, Zainadine Júnior, Miro, Simão Mathe, Josimar, Dominguês, Telinho, Diogo e Hélder Pelembe

Angola: Landu, Jaime, Caputo, Gomito, Natael, Adão, Pirolito, Paty, Vado, Fredy e Vunguidica

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