Milhões de africanos serão arrasados pela pobreza, a fome e os conflitos devido à crise mundial, alertou nesta terça-feira o director-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que pediu a adopção de medidas urgentes.
“O nosso encontro acontece num momento crítico da história de África. A crise financeira mundial, que pode praticamente se classificada de grande recessão, ensombra esta conferência”, afirmou Strauss-Kahn na capital da Tanzânia, numa reunião para discutir como aliviar o impacto da crise em África.
“Ainda que a crise demore a alcançar as costas de África, todos sabemos que já chegou e que o seu impacto será severo”, prognosticou Strauss-Kahn, citando a queda dos intercâmbios comerciais, a redução do envio de remessas e a queda dos investimentos estrangeiros e da ajuda internacional.
O FMI indicou que o crescimento económico do continente deve ser de 3% em 2009, longe dos 5,4% registrados em 2008. O número um do Fundo insistiu na necessidade de uma resposta urgente para África, onde as variações dos resultados económicos são um assunto de vida ou morte.
O anfitrião da conferência, o presidente tanzaniano Jakaya Kikwete, estimou que a crise “cria o maior perigo para o desenvolvimento de África na história recente”. /AFP