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Sobem para 6 as mortes em navio italiano; 14 estão desaparecidos

Equipes de resgate continuam a procurar 14 pessoas desaparecias no acidente com o navio italiano de cruzeiro Costa Concordia, mais de 48 horas depois de ele ter virado e tombado perto da costa da Itália, matando pelo menos seis pessoas e ferindo mais de 60. Os trabalhadores vasculhavam a embarcação, que está com metade da estrutura sob as águas. No domingo foram resgatados um casal sul-coreano em lua de mel e um tripulante da embarcação.

Mergulhadores da polícia recuperaram os corpos de dois homens idosos, que estavam com coletes salva-vidas. Um sexto corpo, de um passageiro adulto, foi encontrado antes do início da madrugada desta segunda-feira, de acordo com a TV italiana. A mídia da Itália informou que ainda estão desaparecidos nove passageiros, incluindo uma criança, e cinco tripulantes. O navio virou depois de ter batido contra uma rocha na sexta-feira à noite.

O capitão do navio de luxo de 114.500 toneladas, Francesco Schettino, foi preso sob a acusação de homicídio culposo, por causar o naufrágio e abandonar o navio, informou a polícia italiana.

No início da tarde, mergulhadores procurando por sobreviventes, encontraram os corpos de dois homens em um ponto de encontro na parte submersa do navio, disseram as autoridades italianas. Os corpos de dois turistas franceses e um peruano membro da tripulação foram encontrados no sábado.

A descoberta dos corpos no domingo acabaram com a euforia pelo resgate por helicóptero do comissário-chefe Manrico Gianpetroni, horas após equipes de resgate fazerem contato de voz com ele, preso dentro do navio de vários andares. Gianpetroni, que quebrou uma perna, foi içado do navio em uma maca e levado para hospital. “Eu nunca perdi a esperança de ser salvo. Foi um pesadelo de 36 horas”, ele disse a repórteres.

Na madrugada de domingo, dois sul-coreanos foram resgatados de uma cabine. Eles pareciam estar sem ferimentos, mas muito chocados. Na tarde de domingo, cerca de um quarto da parte do navio que ainda está acima da água foi verificada. “Essa é uma cidade flutuante e é muito difícil”, disse Luca Cari, porta-voz bombeiros em Giglio.

Os passageiros compararam o desastre ao naufrágio do Titanic. Pessoas saltavam ao mar, lutando por coletes salva-vidas, em pânico, quando o navio atingiu uma rocha e encalhou na hora do jantar na noite de sexta-feira. Equipes de resgate, incluindo equipes de mergulho enfrentam a complexa tarefa de vasculhar mais de 2.000 cabines do navio – um resort flutuante, que ostentava um spa enorme, sete restaurantes, bares, cinemas e discotecas.

Paolo Tronca, um funcionário do departamento local de incêndio, disse que as buscas serão “durante 24 horas por dia”, usando cães farejadores na parte do navio acima da água. Enquanto isso, são investigados os motivos do naufrágio, por quê o navio tinha chegado tão perto da costa e as queixas amargas sobre a demora para a retirada de passageiros aterrorizados.

O promotor Francesco Verusio disse que as investigações podem ir além do capitão. “Estamos investigando a possível responsabilidade de outras pessoas para tal manobra perigosa”, disse ao canal de TV SkyTG24. “Os sistemas de comando não funcionaram como deveriam.” Ele disse que o navio havia chegado a 150 metros (metros) da costa, o que chamou de “incrivelmente perto”.

Agnese Stella, uma dona de casa de 72 anos, que vive em Giglio há 50 anos disse à Reuters: “Ele veio muito perto (da praia), nunca chegam tão perto normalmente.”

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