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Mais de três mil pessoas sitiadas na Zambézia

Pelo menos 3.385 habitantes das localidades de Samaria, Furquia e da povoação de Lugela, no distrito de Namacurra, província central da Zambézia, estão isoladas e à espera de assistência, desde a ocorrência do ciclone Funso que provocou mortes e destruição naquela parcela do país.

Pedro Sapage, administrador de Namacurra, disse que devido as dificuldades de acesso às duas localidades e a povoação, as autoridades locais estão impossibilitadas de dar assistência às pessoas, por falta de uma embarcação.

Segundo o administrador de Namacurra, habitam a localidade de Samaria 585 pessoas, outras 800 em Matequenha, uma povoação de Lugela, na localidade de Mbauare, e 2000 na localidade de Furquia.

A maior parte das vias de acesso, segundo o administrador, citado pelo Jornal “Diário de Moçambique”, estão intransitáveis, bloqueadas pela água das chuvas que fizeram transbordar os rios, havendo zonas onde a maioria das suas vias estão interrompidas e a população nunca teve assistência.

“As alternativas à circulação nas referidas zonas são escassas porque é necessária uma travessia fluvial e Namacurra não dispõe de embarcações para tal”, disse.

Um técnico da Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) revelou que a população socorre-se de canoas, mediante o pagamento de 10 meticais, mas travessia é feita sob muitos riscos, agravada pelo comportamento dos rios, que frequentemente transbordam, propiciando a ocorrência de acidentes.

Entretanto, o director Provincial dos Transportes e Comunicações na Zambézia, Alberto Manharagem, prometeu enviar, esta semana, uma embarcação, proveniente do distrito de Mopeia, para garantir o acesso às três zonas.

As chuvas da semana transacta em Namacurra provocaram, segundo dados oficiais, a morte de cinco pessoas, nove feridos e a devastação de infra-estruturas com destaque para nove pontões e outros três submersos.

Pelo menos 104 salas de aulas, campos agrícolas com culturas diversas, principalmente arroz, milho, batata-doce e mandioca estão inundados.

Várias famílias ficaram desalojadas na sequência da danificação parcial ou completa das suas habitações, contando-se um total de 13.131 casas derrubadas pelo vento e outras submersas, mesmo na vila sede do distrito de Namacurra, segundo o administrador.

Dados preliminares indicam que até a última sexta-feira na Zambézia, as chuvas associadas ao ciclone provocaram 21 óbitos e 25 feridos.

O director provincial adjunto das Finanças, Graciano Francisco, falou de 349 casas destruídas, só na cidade de Quelimane, mas na Zambézia, globalmente, são dadas como danificadas parcialmente 5.603 habitações e 7.408 totalmente, havendo 6.633 famílias deslocadas necessitando de assistência.

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