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Mais de cem mil pessoas em zonas de risco de inundações em Manica

Caso não sejam tomadas medidas de prevenção, 116 mil pessoas podem correr risco de ser afectadas por inundações na província de Manica, em Janeiro de 2012, pelo facto de residirem nas proximidades de determinadas bacias hidrográficas, como Zambeze em Tambara, Lucite, Mussapa, em Dombe, distrito de Sussundenga e Save, em Machaze.

Segundo o jornal Diário de Moçambique, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Manica, afirma estar já a trabalhar no sentido de identificar zonas seguras onde os prováveis afectados possam ser acomodados, devendo dirigir-se às zonas baixas apenas para actividade agrícola. O delegado do INGC, em Manica, João Vaz, disse esperar que até Dezembro do presente ano seja feito o levantamento das zonas que poderão acolher estas pessoas a serem evacuadas compulsivamente, caso não aceitem as mensagens apelativas sobre a prevenção de eventuais dados humanos em consequência do transbordo destes rios devido às chuvas que se prevê caiam intensamente em Janeiro do ano que vem. P

arte da população residente na sede do distrito de Tambara, Nhacolo, também encontra-se em risco, dada a sua proximidade com o Zambeze, que em épocas chuvosas tem criados problemas aos residentes. O facto fará com que esta seja transferida para regiões relativamente altas. As cheias ou inundações determinaram a transferência da sede de Tambara, de Nhacafula para Nhacolo.

As autoridades do INGC não descartam a hipótese da transferência dos afectados para lugares não susceptíveis a ocorrência de inundações em consequência das chuvas intensas previstas para o início de 2012. João Vaz afirmou estar igualmente em curso o levantamento das zonas propensas às inundações, um problema que não raras vezes afecta a população daquela província, com particular destaque para a que reside nos distritos de Tambara e Sussundenga.

Trata-se de uma acção que também tem em vista mitigar os efeitos decorrentes deste fenómeno, que, para além de danos humanos e destruição de residências, tem estado a constituir preocupação no sector ágro-pecuário, com a devastação de culturas alimentares e morte de animais. Ainda como reflexo das cheias ou inundações, Manica tem por construir novecentas casas nas zonas de reassentamento, num prazo de cinco anos. Presentemente encontram-se prontas 445 casas, as quais resultam de um processo que consiste em construir anualmente 150 casas.

Naquela província funcionam trinta comités de gestão de risco de calamidades. O INGC perspectiva o aumento dos comités para cinquenta, como forma de intensificar ainda mais a capacidade de intervenção. Vários fenómenos adversos afectam a província de Manica, com particular reparo para inundações e estiagem. Tambara e Machaze fazem parte de quatro distritos incluíndo Guro e Macossa, que sofrem anualmente de estiagem, causando problemas na produção de alimentos.

O delegado do INGC fez saber à governadora Ana Comoane, que visitou a instituição, quarta-feira, que aquele organismo está empenhado na criação de condições de irrigação. Para o efeito foram colocados quinze sistemas de irrigação e estabelecidos doze reservatórios de água, face a situação naquelas parcelas da província.

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