O Ministério da Educação enquadrou, ao longo do ano passado, 74.264 alunos com necessidades educativas especiais em instituições de ensino regular em Moçambique.
Segundo o Ministro da Educação e Cultura, Zeferino Martins, deste número 74 mil foram integrados no ensino primário, 250 no secundário e 14 no superior.
O ministro, que falava, Sexta-feira (10), durante a sessão de encerramento do Conselho Coordenador em Chidenguele, na província meridional de Gaza, explicou que no âmbito da educação inclusiva, mais crianças, jovens, adultos com necessidades educativas especiais têm vindo a frequentar escolas regulares.
“Estas intervenções permitirão que mais crianças, jovens e adultos frequentem a escola regular, respeitando as diversidades físico-mentais, culturais, sociais, linguísticas, raciais e religiosas e outras particularidades”, referiu Martins.
Na ocasião, o ministro salientou que o país tem estado a registar progressos importantes no acesso ao ensino no país, sobretudo ao nível primário que constitui a prioridade do governo que assumiu o compromisso de alcançar a meta de escolarização básica para todas as crianças em idade escolar até 2015.
Moçambique registou crescimento de cinco por cento no número de alunos matriculados no sistema nacional de educação entre 2011 e 2012, contando actualmente com cerca de 5,3 milhões de alunos.
Durante o Conselho Coordenador também foram discutidos outros assuntos, entre os quais se destacam o baixo aproveitamento escolar e baixas taxas de conclusão do ensino básico.
Esta situação atingiu níveis preocupantes nos últimos anos, razão pela qual os participantes recomendaram a realização de um estudo profundo para apurar as causas.
Com relação a qualidade do ensino, que foi o lema do Conselho Coordenador, os participantes reforçaram a sua convicção sobre a necessidade de prosseguir a implementação e consolidação de um conjunto de dispositivos de gestão e garantia da qualidade através da observância dos padrões e indicadores de qualidade, dos instrumentos e processos de monitoria e avaliação, a nível interno e externo.
Segundo o Ministro, uma boa governação do sistema educativo a todos os níveis é um dos pressupostos críticos para a consecução dos objectivos do acesso e da melhoria da qualidade de ensino, particularmente ao nível da escola e sala de aula.
“No âmbito da gestão do sistema, devemos prosseguir as acções em curso no domínio da boa governação dando continuidade ao processo de descentralização administrativa, reforço da acção inspectiva, supervisão pedagógica, formação inicial e em serviço de professores e gestores de educação”, defendeu.
Os participantes também recomendam uma particular atenção à gestão escolar, com enfoque na assiduidade dos alunos e professores, uso efectivo racional do tempo lectivo, envolvimento dos alunos em actividades profícuas de aprendizagem, marcação e correcção do trabalho de casa.
Nesse contexto, o Ministro frisou que será uma das prioridades da instituição que dirige, a criação de condições adequadas de aprendizagem, como a colocação de cartei- ras e outros equipamentos básicos.