Mais de 6 mil cidadãos de origem somali e etíope que se encontravam acomodados no centro de refugiados de Maratane, na província de Nampula, fugiram daquele local para parte incerta, segundo indicam dados fornecidos, segunda-feira, ao vice-ministro do interior, José Mandra, pelo Instituto de Apoio aos Refugiados (INAR).
Mandra, que ido de Cabo delgado escalou ontem o centro de refugiados de Maratane, para se inteirar da problemática de imigração ilegal, foi informado de que os supostos refugiados Somalis e Etíopes, permanecem entre dois a três dias naquele local, o que nos leva a suposição de que, de facto, eles usam o território nacional para organizarem-se logisticamente para os destinos como África do sul – explicou António Mussupai, do INAR.
Com efeito, dados estatísticos referem que ao longo do ano passado, entraram naquele centro um total de 9.973 requerentes de asilo, provenientes da Somália, Etiópia e de outras nações como Mali e Congo, tendo chegado ao fim do ano apenas 3.973 pessoas.
Os que empreenderam a fuga para destinos desconhecidos, segundo apuramos, foram todos de origem somali e etíope dai a sugestão dos serviços provincial de migração de que “eles devem ser interditos de entrar no país e encerrar-se este centro de vez”.
A demanda destes pseudo refugiados, esta a colocar o país e seus parceiros de cooperação, na área de refugiados, particularmente as Nações Unidas, numa situação delicada, visto que são obrigados a gastar os parcos recursos financeiros destinados para os que, de facto, precisam de asilo, para supostamente alimentar ou repatriar “viajantes”.
A nossa Reportagem que esteve a acompanhar a visita do vice-ministro a Maratane, constatou que as entidades que fazem a gestão do centro, tem de se desdobrar numa ginástica, para assegurar a subsistência dos referidos somalis e etíopes, actualmente a “inundar” por completo aquele local.
Os outros requerentes de asilo, queixaram-se a nossa reportagem de supostos comportamentos “agressivos” dos somalis, na sua maioria jovens entre 16 a 28 anos.
Segundo o núcleo local dos direitos humanos, eles violam sexualmente as mulheres, situações que já levou ao registo de cenas de pancadarias.
Salimo Saide, comandante da unidade policial local, confirma os factos mas explica que tudo esta sendo feito para amainar os ânimos.
O regime de funcionamento de campo de Maratane, que é aberto onde as pessoas podem sair e entrar e a fragilidade das fronteiras marítimas, terrestres e aéreas do nosso pais, são apontadas como sendo algumas das principais razoes da fuga e entrada massiva, respectivamente, dos refugiados e imigrantes ilegais, respectivamente.