Em Moçambique existem 59.880 salas de aulas, das quais 34 porcento são inseguras, ou seja, estão propensas à destruição por catástrofes naturais tais como sismos, cheias e ciclones. Anualmente, estes dois últimos factores destroem entre 200 e 1.000 salas de aulas, segundo o Ministério da Educação (MINED).
Para inverter este cenário, o MINED está a estudar formas de erguer estabelecimentos de ensino seguros. Eugénio Maposse, director nacional adjunto de construção e equipamentos escolares, disse que o país necessita de 30 mil a 40 mil salas de aulas. No ano passado, 73 porcento de escolas estavam expostas a secas; 72 porcento a sismos; 39 porcento a cheias e 69 porcento de salas de aula estão expostas ciclones, em todo o país.
Sem indicar as zonas do país em que tais acções foram realizadas, Eugénio Maposse indicou que entre 2006 e 2013 foram construídas 7.000 salas de aula para o ensino primário e secundário; mais de 800 casas de professores e 5.500 latrinas melhoradas.
Neste momento, estão em construção 1.200 salas de aula, cujas obras serão concluídas até ao fim do ano em curso. Este dados foram avançados esta segunda-feira (23), na capital moçambicana, no 3º seminário de avaliação e validação dos resultados do projecto escolas seguras, lançado 2012.
Trata-se de um programa desenvolvido pelo MINED, pela UN-Habitat, pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM). Prevê-se a elaboração do regulamento que determine as medidas técnicas a serem seguidas para a construção das propaladas escolas seguras.