Estimadas 113 pessoas morreram em quatro naufrágios entre a Itália e a Líbia no fim de semana, e essa rota está se tornando a favorita para os imigrantes que vão à Europa, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) nesta terça-feira.
Levando em conta o fechamento das rotas terrestres nos Balcãs e um acordo recente da União Europeia com Ancara, mediante o qual a Turquia tem acolhido de volta imigrantes rejeitados pela Grécia que partiram de seu território, autoridades italianas disseram acreditar que mais pessoas tentarão fazer a travessia marítima, mais longa e perigosa, a partir do solo líbio.
Num de quatro incidentes, um navio mercante italiano resgatou 26 pessoas na costa da Líbia em mares bravos, e há o temor de que outras estejam desaparecidas, informou a Guarda Costeira da Itália no sábado.
A OIM, citando testemunhos de sobreviventes, disse que 84 pessoas parecem ter desaparecido, e pelo menos 29 se afogaram em duas outras tentativas de travessia em botes de borracha no Canal da Sicília.
A entidade ainda investiga um quarto incidente. “Só de sexta-feira para cá, soubemos de quatro naufrágios e 113 pessoas mortas na costa da Líbia”, afirmou o porta-voz da OIM, Joel Millman.
No total, 1.357 imigrantes e refugiados morreram no mar nos quatro primeiros meses do ano, a maioria ao longo da rota central do Mar Mediterrâneo, disse a agência. Desde Janeiro, 28.593 imigrantes e refugiados chegaram pelo mar à Itália, e 154.862 aportaram na Grécia, informou a OIM.