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Mais água potável para a cidade de Nampula

A disponibilidade de água potável na cidade de Nampula, Norte de Moçambique, vai duplicar, com a implementação do projecto de reabilitação e expansão do respectivo Sistema de Abastecimento, cuja conclusão está prevista para Fevereiro de 2013.

Actualmente, embora a capacidade do actual sistema seja de 20 mil metros cúbicos/dia, os consumidores têm a sua disposição apenas 16 mil metros cúbicos/dia.

As obras de reabilitação e expansão do Sistema de Abastecimento de Água de Nampula estão orçadas em pouco mais de 37 milhões de dólares norte-americanos, e estão divididas em dois lotes.

O contrato para a execução das obras foi assinado hoje, em Maputo, pelo Millennium Chalenge Account – Moçambique (MCA) e o consórcio CMC/ CETA.

O objectivo do projecto consiste no aumento da capacidade de produção, transporte, reserva e distribuição da água, tendo como horizonte as Metas de Desenvolvimento do Milénio.

Dados avançados durante a assinatura dos contratos, no lote um, com um custo de 23,9 milhões de dólares norte-americanos, as obras incidirão na reabilitação e expansão da captação e da estação de bombagem existentes, reabilitação e expansão da Estação de Tratamento de Água (ETA1) para a reposição da sua capacidade nominal de 20 mil metros cúbicos e construção de uma nova estação de tratamento de água (ETA2) com uma capacidade igual a primeira (20 mil metros cúbicos), totalizando 40 mil metros cúbicos.

Igualmente, neste lote espera-se a construção de uma nova conduta de água bruta, diâmetro 500 milímetros, com uma extensão de 352 metros; de um novo reservatório com 1.500 metros cúbicos de capacidade, bem como uma nova estação de bombagem para servir as duas estações de tratamento.

Está ainda prevista a construção de lagoas de estabilização de lamas e de uma nova estação de bombagem dedicada ao novo Centro de Distribuição, bem como a reabilitação da actual estação de bombagem.

No lote 2, os trabalhos consistirão na construção de uma nova conduta adutora, diâmetro 600 milímetros, com uma extensão de sete quilómetros e de uma outra com o mesmo diâmetro e com uma extensão de nove quilómetros, a construção de um novo distribuidor composto por um reservatório com 5.000 metros cúbicos de capacidade para abastecer as zonas consideradas críticas de pressão.

Serão também estabelecidos ramais principais de distribuição no novo Centro Distribuidor. Com essas obras, espera-se que a água potável esteja disponível à população de Nampula 24 horas por dia.

Intervindo na ocasião, o Ministro moçambicano de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, instou todos os intervenientes, particularmente os empreiteiros, no projecto no sentido de tudo fazerem para cumprirem, com rigor, os prazos estabelecidos.

Em breves declarações após a assinatura dos contratos, Cuereneia disse haver ainda muitos desafios na implementação dos projectos relacionados com o MCA, o que obriga um redobrar de esforços para que os fundos alocados a esses projectos sejam aplicados de forma correcta e integralmente.

Na mesma ocasião, a embaixadora dos Estados Unidos de América, Leslie V. Rowe, que testemunhou o acto, considerou que o projecto a ser implementado em Nampula é bastante significativo “para o acesso fiável a água potável”.

“Esta é uma intervenção ambiciosa, mas necessária”, disse a diplomata, sublinhando que o governo americano está confiante de que este projecto definirá as bases para o desenvolvimento económico sustentável. Rowe ressaltou o desejo de o produto final esteja em consonância com os altos padrões nesta matéria.

Por sua vez, o director executivo do MCA-Moçambique, Paulo Fumane, disse que alguns projectos que compõem o Contracto estão a ser implementados a um ritmo satisfatório.

Contudo, reconheceu que a implementação de outras obras de reabilitação de infra-estruturas previstas no Programa tem enfrentado desafios resultantes da subida dos custos de construção, que nalgumas das intervenções previstas chegam a duplicar.

“Esta situação é consequência da conjuntura económico-financeira internacional caracterizada, entre outros elementos, pela alta de preços dos alimentos e dos combustíveis”, explicou Fumane.

Ele acrescentou que o governo teve que restaurar os projectos inicialmente previstos no portefólio do MCA Moçambique, e alguns investimentos como são os casos de Abastecimento de Agua a Cidade de Quelimane e Pemba centro e Norte do país respectivamente, não serão implementados no âmbito do Programa.

Entretanto, o representante do Consórcio CMC/CETA, Nerio Gridella, empreiteiro que vai executar as obras de reabilitação e expansão do Sistema de Abastecimento de Água à Cidade de Nampula, reconheceu que não será fácil realizar o projecto dada as condições existentes no terreno, mas tudo será feito para cumprir os prazos.

“Uma empresa de construção não está para discursar, mas sim para construir. Por isso, reafirmamos o compromisso de tudo fazer para atingir os altos níveis de performance”, afirmou Gridella, que é director da CMC-África Austral em Moçambique.

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