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Maioria do povo nem ouviu o informe do Presidente, entre os que acompanharam alguns ainda “confiam” em Nyusi

Maioria do povo nem ouviu o informe do Presidente

O primeiro Estado da Nação de Filipe Nyusi foi uma “desilusão”, disseram os leitores que responderam ao inquérito que o @Verdade realizou, porém a maioria dos milhares de leitores disseram que nem sequer ouviram o informe do Presidente pois à essa hora estavam lutar pela sua sobrevivência tão difícil que está o custo de vida. Apesar da falta de paz, das dificuldades em aceder a serviços básicos como água potável ou saúde, os moçambicanos por nós entrevistados deram uma “segunda chance” ao Chefe de Estado pois em apenas onze meses não era possível “melhorar as condições de um país tão pobre como Moçambique”.

Dentre as dezenas de milhares de respostas que o @Verdade recebeu dos seus leitores destacamos algumas que se seguem.

“Eu nem tenho tempo para ouvir esses do Governo que vêm-nos pedir voto e depois fazem o que querem”, começou por responder ao inquérito do @Verdade a leitora Belarmina Antónia que revelou nem sequer ter exercido o seu direito cívico de votar. “Sofro todos os dias para ter água, energia puseram mas nem dá para funcionar a geleira. A vida aqui na província de Nampula está cada vez mais difícil e já nem com machamba dá para enchermos a barriga até ao fim do mês, estou velha e cansada, não sei onde vamos parar”.

“O povo moçambicano cometeu um grande erro ao votar no Filipe Jacinto Nyusi, aliás de ter deixado ele roubar os votos do seu adversário. Emocionou-se e até inferiorizou-se dizendo que ele era o empregado de todos nós, e que no coração dele só cabiam três letras paz mas hoje faz ao contrário. Em vez de procurar conversar com os seus opositores para garantir a tal paz, persegue-os” avaliou o leitor Benjamim José.

A leitora Tania Vanessa avaliou o primeiro informe do Presidente como “suficiente” mas tem muito por fazer e há assuntos que se esqueceu “não falou dos acidentes de viação que me parece matam mais do várias doenças no nosso país, algo tem que ser feito”.

Para Ossufo Ali “os sucessivos governos do partido Frelimo, incluindo este nunca, foram apologistas em servir o povo e nem a nação, mas sim sempre guiam-se pelos seus apetites individuais e colectivos, o que importa é o bem estar deles e dos seus próximos o resto não interessa”. O leitor acrescentou ainda na sua avaliação que “Filipe Nyusi provém do anterior governo de Guebuza, é participante directo da falcatrua da EMATUM e apesar de ter iniciado o mandato com cofres vazios o que ele fez? Ladrão nunca está contra outros ladrões”.

“Com relação ao actual Governo quero acreditar que a maioria das coisas más que se tem verificado, é a herança do mau desempenho do governo antecessor, que levou Moçambique e os moçambicanos à crise, o presidente Nyusi pode até ter boa vontade de Governação, mas tudo terminará na boa vontade de governação, nada ele pode fazer” afirmou o cidadão Nélson Carlos que sugeriu que é preciso “destruir o sistema de governação ditatorial que impera dentro do partido no poder. Há que se levar os antigos Governantes a barra do tribunal, há que congelar todo dinheiro e bens dos antigos governantes e converte-los para o Orçamento do Estado”.

Para a leitora Zena Mamudo o Presidente Nyusi “só veio aumentar a crise económica, política e parece que quer acabar com a oposição”. Carlos de Oliveira avaliou negativamente o informe do Chefe de Estado e justificou, “ele como todos os presidentes deste país devem a sua presidência ao partido Frelimo e não ao povo moçambicano por isso servem ao partido e não o povo moçambicano. Está claro para todos que a única promessa que cumpriram foi a de escangalhar o aparelho do estado”.

O leitor afirmou que o país não produz nada porque também o que existia foi entregue aos estrangeiros pelos governantes. Segundo o leitor o Estado continua a ser controlado pelo partido Frelimo e por isso os funcionários públicos são “incompetente, preguiçosos, indolentes, arrogantes, gananciosos e larápios marginais sem um pingo de educação”. Maimuna Bacar afirmou que “este Senhor Nyusi está a afundar o país e a levar Moçambique de novo para a guerra”. “Quando conseguimos um biscate vem a polícia e quer-nos prender, vamos viver como se não há trabalho nem para os nosso filhos que foram para a escola?”.

João Inácio avalia o Estado da Nação como “podre” porque Filipe Nyuso não cumpriu as suas promessas, “só o povo é que cumpriu como patrão pagado despesas, viagens sem produtividade, empréstimo lá fora que o patrão terá de pagar”. O leitor diz que não votou em Nyusi e nem confia nele pois como se vê promete e depois faz ao contrário. Para o leitor Alfredo Hubo o informe do Presidente “foi uma letra morta” a sua dúvida é se Nyusi está a “ser sabotado ou se lhe falta coragem” para fazer mudanças.

“As condições de vida da população não melhoraram, o aumento salarial nem se fez sentir pois logo a seguir os preços subiram e a subida de preço é desproporcional ao aumento, por outro lado a depreciação do metical fez com que os preços subissem ainda mais, as taxas de juros também subiram o que significa que os que pediram alguns empréstimos bancários sentem mais sacrificados. Quanto ao despesismo nada mudou basta recordar o que a assembleia aprovou recentemente, para um pais pobre como o nosso”. Contudo o nosso leitor dá “um voto de confiança” ao Chefe de Estado.

Benedito Marques disse que ainda confia no Presidente “porque ainda é prematuro, daqui a dois anos já podemos avaliar, mas estou convicto que ele tem grandes objectivos para este pais se desenvolver cabendo a cada um de nos colaborar para o alcance deste propósito”.

“Eu não confio neste executivo, porque ele é incompetente, fala fala bonito, vamos na prática nada acontece” começou por avaliar Aziz Baptista que como exemplo da sua falta de esperança deu como exemplo “a EMATUM onde foram pilhados mais de 850 milhões de dólares e o PR nunca se pronunciou a respeito disso! Por isso estamos no lixo”.

A leitora Júlia Waly gostou da franqueza do Chefe de Estado mas ressalvou que os “problemas nós já conhecemos pois vivemos isso todos os dias, agora temos que começar a ver as coisas a melhorarem porque os preços estão caros e mesmo assim não temos água nas torneiras, a energia também é fraca e até no hospital os médicos parece que não querem nos tratar”.

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