Os combates deixaram cerca de 600 mortos em Darfur no mês de maio, o mais sangrento desde a mobilização em 2008 da missão de paz internacional nesta região do oeste do Sudão, de acordo com um documento da ONU obtido esta segunda-feira pela AFP.
Os confrontos entre a rebelião e as forças do governo deixaram 440 mortos em Darfur em maio e os combates entre tribos árabes rivais deixaram outros 126 mortos, indica este documento da missão ONU-União Africana (Minuad) que revela também a morte de 31 pessoas em assassinatos e acidentes.
Os capacetes azuis observaram uma tendência de aumento da violência em Darfur desde o início de 2010. Esta tendência é explicada até o mês de maio por confrontos entre tribos árabes rivais, mas nos últimos meses foram os combates entre a rebelião e as forças do governo que mais contribuíram para este número elevado.
O Movimento pela Justiça e pela Igualdade (JEM), o mais militarizado dos grupos rebeldes, e o governo sudanês assinaram em fevereiro no Qatar um acordo que deveria servir de base para uma paz definitiva, mas ambas as partes não conseguiram chegar a um cessar-fogo e a um entendimento sobre a divisão do poder.
O movimento rebelde deixou Doha e os confrontos foram retomados. O conflito em Darfur começou em 2003, mas a mobilização da Minuad ocorreu apenas em 1º de janeiro de 2008. Maio foi o mês mais sangrento desde então.