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Livros em falta vão custar 1,5 milhão de USD

Um milhão e meio de dólares é o valor que o Ministério moçambicano da Educação (MINED) precisa para suprir o iminente défice de livros escolares do ensino primário no próximo ano lectivo.

O valor servirá para a compra de mais de um milhão de livros da 3ª, 4ª, 5ª e 6ª classes cuja produção estava confiada a editora britânica Macmillan, banida pelo Banco Mundial.

Manuel Rego, porta-voz do Ministério da Educação (MINED), disse que das negociações em curso com vista à aquisição dos livros chegou-se a um entendimento no sentido de a instituição adquirir os livros ao preço do custo de produção, um gesto considerado como humanitário por parte da editora.

No entanto, segundo Rego, citado pelo “Noticias”, porque o ministério não tem fundos para o efeito estão em curso contactos com diferentes parceiros de cooperação no sentido de disponibilizarem a verba para se adquirir os manuais a tempo de serem usados no próximo ano lectivo.

Rego disse que, para este ano, o sector teve de levantar os livros nas mãos da Macmillan a título de crédito, razão pela qual foi contraída uma divida com a editora no valor de 90 milhões de meticais tendo destacado que parte do valor já foi pago.

Porque a autoria dos cinco títulos de uma disciplina de cada classe (3ª, 4ª, 5ª e 6ª) estão na posse da Macmillan, ao MINED não resta outra alternativa senão comprá-los, para garantir que o ano lectivo de 2012 comece com os materiais nas mãos dos alunos.

Há dias, o Ministro da Educação, Zeferino Martins, disse haver dois cenários imediatos para contornar o embaraço criado com o banimento da Macmillan dos fundos do Banco Mundial.

O primeiro, segundo ele, é o pelouro obter recursos próprios para pagar esses títulos e ter os livros em Janeiro de 2012 e a segunda possibilidade por ele avançada é que, não havendo recursos próprios para comprá-los terão de ser elaboradas fichas com os conteúdos desses livros para depois distribuí-las aos professores.

O Banco Mundial afastou a editora britânica Macmillan dos seus projectos de financiamento durante seis anos por alegado envolvimento em actos de suborno no Sudão, facto que está a afectar Moçambique que adjudicou a esta empresa a responsabilidade de produzir quantidades consideráveis de livros do ensino primário.

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