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Linha ferroviária de Ressano Garcia em vias de ter dois sentidos

A linha férrea de Ressano Garcia, que acaba de beneficiar de obras de reabilitação e modernização avaliadas em cerca de 20 milhões de dólares, deverá passar a ter dois sentidos, visando responder às solicitações cada vez mais crescentes da África do Sul, Botsuana, Zâmbia e Zimbabwe para o transporte da sua carga para exportação, via porto de Maputo.

Fonte do Gabinete de Comunicação e Imagem da empresa pública Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), esta quinta-feira ouvida pelo Correio da manhã, não indicou a data da concretização do projecto de dois sentidos daquela ferrovia, sublinhando apenas que se trata de uma necessidade que a companhia vai responder positivamente visando acomodar todas as solicitações dos países do interior da África Austral, em termos do aumento de comboios com mercadorias diversas destinadas à importação e exportação.

Mercê das referidas obras de reabilitação, a linha já aumentou a sua capacidade de suporte de comboios para 40 a 60 locomotivas por semana, contra a anterior que variava de 20 a 30 comboios, de acordo ainda com a fonte, afiançando que a ferrovia passou também a transportar até 3600 toneladas líquidas de mercadorias diversas como minerais, açúcar, citrinos e carga contentorizada para o porto de Maputo, provenientes daqueles países do hinterland.

Material circulante

Ainda no quadro do investimento dos cerca de 20 milhões de dólares pela empresa CFM, está prevista a viabilização de um programa de quatro anos de renovação das locomotivas para aumentar a capacidade de tracção da companhia, num montante não revelado pela fonte do Gabinete de Comunicação e Imagem desta firma.

Frisa-se, entretanto, que a linha Férrea de Ressano Garcia faz parte do Corredor de Desenvolvimento de Maputo que está apostada em maximizar a vantagem que tem na região Austral da África de permitir o estabelecimento do tráfego sem problemas de um país para outro como está a acontecer entre Moçambique, África do Sul, Botsuana e, de quando em vez, Zâmbia.

EN4

Refira-se, entretanto, que paralelamente a este corredor está a Estrada Nacional Número Quatro (EN4) que também está a ser usada por países da África Austral, particularmente, África do Sul e Moçambique, no escoamento de mercadorias importadas e exportadas através do porto de Maputo que está junto ao Oceano Índico.

Esta rodovia beneficiou de um investimento estimado em cerca de três mil milhões de randes da firma Trans Africa Concessions (TRAC) que a explora durante 30 anos, ao abrigo de um contrato assinado com o Governo de Moçambique.

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