A reconstrução da Linha Férrea de Sena, na região Centro do país, será concluída, em princípio, no próximo mês de Outubro, conforme as previsões.
A garantia foi dada hoje pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, Rui Fonseca, falando na abertura da 13/a Reunião Anual do Conselho de Directores dos CFM.
Para o efeito, a empresa concessionária do Sistema Ferroviário do Centro deverá imprimir uma maior dinâmica, de forma a cumprir com os prazos estabelecidos na construção daquela importante ferrovia.
A linha de Sena parte do distrito de Dondo, na província de Sofala, até ao distrito de Moatize, na província de Tete, Centro do país, numa extensão calculada em 545 quilómetros.
O encontro debruça-se sobre a gestão operacional e comercial da empresa numa altura em que o comércio internacional é afectado pela crise económico-financeira global.
“É fundamental para o país e para a região que esta linha seja inseminadora do desenvolvimento económico, social e humano, de que tanto necessitamos”, sublinhou Fonseca.
As empresas envolvidas nos trabalhos de reconstrução da linha de Sena fazem, segundo Fonseca, 1.200 metros por dia, mas é preciso fazer muito mais não só pela necessidade de acelerar o passo, mas para assegurar a sua finalização dentro dos prazos e metas previamente traçados.
Na ocasião, ele enalteceu a flexibilidade e prontidão do Banco Europeu de Investimentos na análise dos projectos e mobilização dos financiamentos requeridos que, para o efeito, desembolsou cerca de 60 milhões de euros.
A reconstrução da linha, segundo o PCA, representa o desencravar do Vale do Zambeze e a concretização de um sonho de há 26 anos. Aquela importante ferrovia, cujos trabalhos de construção iniciaram em 1982, foi dilacerada pela Renamo, durante a guerra de desestabilização que durou 16 anos.
No encontro, de dois dias, participam também membros e assessores do Conselho de Administração, directores, representantes comerciais e outros quadros dos CFM.