A circulação ferroviária na linha de Sena, no Centro de Moçambique, retoma plenamente, esta quinta-feira, o seu desempenho, condicionado após o ataque perpetrado por homens armados no passado dia 1 de Abril e que causou um ferido.
Após esse ataque, atribuído a activistas da Renamo – que refutou –, a circulação ficou severamente condicionada, afectando o cumprimento das metas dos principais utilizadores, nomeadamente a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), a Vale Moçambique, a Rio Tinto e a Jindal.
Boaventura de Jesus Mahave, director ferroviário da empresa CFM na região Centro, esclareceu esta quarta-feira ao Correio da manhã na Beira que a linha nunca esteve completamente intransitável em consequência daquele ataque, mas condicionada, o que, mesmo assim, causou enormes prejuízos à companhia ferro-portuária nacional e às mineradoras brasileira, australiana e indiana.
Exemplificando, referiu que a Vale-Moçambique tinha planificado para este mês realizar 122 composições naquela linha de cerca de 547 quilómetros, o correspondente a 323 mil toneladas de carvão, mas até esta terça-feira apenas foram realizadas oito, contra 32 que eviam ter sido movimentadas até quarta-feira desta semana.
O informante ajuntou que desde o início desta semana que se regista um incremento na utilização da linha que numa situação normal movimenta uma média de 25 comboios de carga e passageiros/ dia, evidenciando confiança de que, doravante, a normalidade regressara à estratégica ferrovia. De fonte adequada o Cm soube na Beira que o maquinista ferido no ataque, resguardado dos jornalistas, está a registar franca recuperação.