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Liga Zon Sagres: Benfica iguala FC Porto na liderança

O Benfica igualou, neste domingo, pontualmente o FC Porto na liderança da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer o Vitória de Setúbal por 3-0, no Estádio da Luz, em Lisboa, em jogo da 17.ª jornada.

Um golo de Enzo Pérez, logo aos cinco minutos, a culminar uma entrada forte dos “encarnados”, fez supor que o Benfica iria manter a pressão e a intensidade com que abordou o jogo para resolvê-lo o mais rápido possível, mas a verdade é que tirou o “pé do acelerador” e “convidou” o Vitória a ter iniciativa, com o intuito de “matar” a partida em rápidas transições ofensivas, tão ao gosto de Jorge Jesus.

O Vitória aceitou o “convite” e fez aquilo que poucas equipas se atrevem a fazer na Luz, saindo a jogar, subindo as linhas, circulando a bola e dando alguma profundidade ao seu jogo, perante um Benfica com défice de agressividade na recuperação da bola.

Aos 15 minutos, a equipa sadina teve o empate nos pés de Jorginho, com tempo e espaço no coração da área, após cruzamento do lateral direito Pedro Queirós para as costas da defesa encarnada, mas o remate saiu a rasar o poste direito da baliza de Artur.

O Vitória ia aproveitando a postura pouco pró-ativa do Benfica para jogar no campo todo, ganhando alguma superioridade numérica no “miolo” e conseguindo estender o jogo até à área “encarnada”, embora chegado aí, sem capacidade para criar passes ou envolvimentos de rutura para fazer golo.

O Benfica controlava o jogo, no sentido em que não permitia que o atrevimento dos sadinos fosse além de certos limites, e procurava chegar ao segundo golo em rápidas mudanças de velocidade, de trás para a frente, quer de Rodrigo quer de Salvio, mas o 1-0 persistia e era um resultado perigoso. Numa delas, aos 36 minutos, após um “slalom”, Salvio ofereceu o golo a Rodrigo, que rematou ao lado uma finalização aparentemente simples.

Na segunda parte, a categoria individual dos jogadores “encarnados” resolveu o desfecho da partida no espaço de oito minutos, com destaque para Lima, cuja ação fez a diferença nos dois lances que originaram o segundo e terceiro golos, aos 48 e 56 minutos. No segundo, ao isolar-se após um passe de Luisão, numa situação em que a defesa do Vitória perdeu a posição, não perdoando à saída de Kieszek, e no terceiro através de um movimento de rutura e de combinação com Rodrigo, a quem ofereceu o golo ao poste mais distante. 3-0 e assunto arrumado.

O Benfica não precisou de fazer um futebol de pressão alta e demolidor sobre o adversário para garantir os três pontos, mas o facto de as suas unidades mais adiantadas não pressionarem logo à saída de bola os jogadores adversários, para a recuperar mais perto da área sadina, permitiu que o Vitória equilibrasse o jogo em várias fases da partida, o que não é comum ver na Luz.

Houve também algumas individualidades “encarnadas” em sub-rendimento, em particular os alas Ola John e Salvio, e o Benfica disso mesmo se ressentiu, apesar de Enzo Perez ter “enchido o campo”.

O Vitória surpreendeu pela positiva, pelo atrevimento, pelo inconformismo e ambição que revelou em querer discutir o jogo nos olhos do adversário, em nunca baixar os braços, dando mais trabalho à defesa “encarnada” do que a maioria das equipas que visitam a Luz. Artigo Parcial

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