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Liga Zon Sagres: Benfica e FC Porto empatam a dois no clássico da Luz

O líder do Campeonato Português Benfica e o FC Porto, segundo classificado, a três pontos, mas com um jogo em atraso, empataram hoje 2-2, em encontro da 14.ª jornada, disputado no Estádio da Luz. O empate acabou por refletir esse equilíbrio, desde logo no plano das opções táticas dos dois treinadores, que não ousaram apostar em dois alas assumidos, apenas um, Salvio do lado dos “encarnados” e Varela do lado dos “azuis e brancos”.

O FC Porto foi o primeiro a marcar, aos oito minutos, após um livre de Moutinho, com a defesa do Benfica a deixar a bola bater na relva, tomar altura, passar por cima da linha defensiva e apanhar a desmarcação de Mangala que, na pequena área “fuzilou” Artur, de cabeça.

Dois minutos volvidos, após um pontapé de canto, Cardozo desviou de cabeça um cruzamento da esquerda, de Melgarejo, e Garay tocou também de cabeça para a entrada da área, onde Matic “encheu o pé”, marcando um grande golo.

Não foi preciso esperar mais de cinco minutos por um “brinde” do guarda-redes Artur, que, ao dominar de forma deficiente a bola, permitiu o desarme de Jackson Martínez e o segundo golo portista.

Mais uma vez, bastaram dois minutos para o Benfica restabelecer a igualdade, na única jogada de futebol corrido, uma magnífica combinação entre Salvio e Maxi Pereira, no flanco direito, do qual nasceria o cruzamento para o desvio de Helton, o alívio incompleto de Otamendi e o golo de Gaitán.

Quatro golos no espaço de 17 minutos foi de todo incomum, mais ainda quando as duas equipas não estavam a conseguir libertar-se das amarras que se colocaram mutuamente, e a verdade é que os restantes 73 minutos não viram mais qualquer golo.

O intervalo chegou com raras situações junto às duas áreas, face à concentração do jogo a meio-campo e à dificuldade de o estender às duas áreas, com as defesas a imporem o seu poder físico e a capacidade de antecipação. Seja como for, o FC Porto conseguiu – e isso já se pôde vislumbrar antes do intervalo – assentar mais o seu jogo, de posse e circulação de bola, onde possui claramente mais automatismos, face a um Benfica que faz um jogo de transições mais direto e que sente mais dificuldades em jogar em contenção.

Na segunda parte, essa capacidade do FC Porto controlar a bola acentuou-se, mas sem que fosse capaz de esticar o jogo até à área do Benfica, de modo a causar mossa na defesa “encarnada”. Na tentativa de contrariar essa tendência, Jorge Jesus lançou Carlos Martins, sacrificando Enzo Pérez, aos 58 minutos, mas o internacional português entrou mal no jogo, e mais tarde, aos 69, Aimar, recolhendo Lima às cabinas.

O Benfica cresceu no último quarto de hora, não pelas alterações introduzidas por Jesus, mas por um “tocar a reunir” dos jogadores “encarnados”, num apelo às suas reservas energéticas e anímicas, empurrados também pelo público, o que forçou o FC Porto a ter de se concentrar ao máximo para evitar que a baliza de Helton voltasse a ser violada.

Foi nessa fase final da partida que o Benfica desfrutou da melhor oportunidade de golo da partida, por Cardozo, que se isolou, após um passe soberbo de Gaitán, que apanhou a defesa portista em contrapé, mas “Taquara” rematou ao poste, depois de um desvio da bola por Helton.

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