Uma grande penalidade concretizada pelo mexicano Raúl Jiménez, aos 61 minutos, garantiu ao Benfica mais uma vitória, num terreno onde não cede pontos desde 92/93. Neste sábado não foi exceção, apesar de o Estoril ter estado muito perto do empate já nos descontos, quando Tocatins falhou um cabeceamento a um metro da baliza, depois dos visitantes não terem conseguido matar o jogo numa das várias hipóteses criadas na recta final da partida.
Depois da vitória no dérbi, o Benfica surgiu no António Coimbra da Mota disposto a não facilitar. E, depois de uns momentos iniciais em que a equipa da casa, a estrear novo técnico (o espanhol Pedro Carmona), pareceu querer discutir o encontro, os tricampeões rapidamente agarraram o controlo dos acontecimentos e estiveram perto de marcar num punhado de situações.
A mais óbvia surgiu aos seis minutos, com Gonçalo Guedes a surgir solto à entrada da pequena área mas a falhar o remate quando os adeptos já se preparavam para celebrar o golo. Incapaz de sair do seu meio-campo, até pela forma como se concentrava atrás, o Estoril sofria com o futebol veloz dos visitantes.
Jiménez obrigou Moreira a uma bela defesa com um remate de fora da área, cabendo a Luisão desperdiçar nova ocasião na sequência do respectivo canto. Ao contrário do que tem sido normal, o Benfica foi pouco eficaz na altura em que tinha o Estoril controlado e a formação canarinha foi conseguindo libertar-se, até porque Cervi não se estava a dar bem na direita – pouco depois, foi para o lado esquerdo.
E, sem que nada o fizesse prever, os estorilistas estiveram perto de inaugurar o marcador à passagem da meia-hora, na sequência de um livre descaído para a direita. Bruno Gomes, que partiu de posição irregular, surgiu ao segundo poste e cabeceou ao ferro de Ederson.
Não entrou mas a verdade é que os encarnados já não criavam tanto perigo e o intervalo chegou com 0-0.
Na segunda metade, repetiu-se o cenário da primeira: Benfica pressionante, a encostar o Estoril à sua área e a conquistar cantos consecutivos, embora sem assustar Moreira.
O golo acabou por surgir numa incursão de Cervi, com o argentino a cortar a bola para dentro, aproveitando o carrinho de Ailton, que acabou por desviar a bola com a mão. Na concretização do castigo, Jiménez não perdoou e marcou pelo quarto jogo consecutivo.
Na meia hora final, as duas equipas podiam ter marcado: o Estoril em duas ocasiões, por Tocatins, o Benfica através de Jonas, que mostrou no regresso após quase quatro meses de ausência não ter perdido o faro de golo, e Pizzi.
Ninguém concretizou e o triunfo acabou por sorrir a quem mais o procurou.