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Liga Moçambicana de Futebol age à margem dos regulamentos

Em pleno jogo entre o Vilankulo FC e o Estrela Vermelha da Beira, o treinador da segunda equipa, Abdul Omar, decidiu, de forma deliberada, espancar o árbitro principal até este perder os sentidos. No entanto, o colectivo de arbitragem e os delegados entenderam que não haviam condições para a partida prosseguir, remarcando a sua continuidade para o dia seguinte em vez de aplicar o Regulamento de Disciplina que puniria com uma derrota a equipa de Abdul Omar e ainda a multa pecuniária.

Segundo o Artigo 58º, do Regulamento de Disciplina da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), que se refere “do não prosseguimento do jogo por agressão à equipa de arbitragem por jogadores, dirigentes e outros” no seu número 1 está claramente estabelecido: “Sempre que algum dos elementos da equipa de arbitragem, em virtude de agressão voluntária de jogadores, dirigentes, treinadores, auxiliares técnicos, médicos, massagistas e demais agentes desportivos, estejam ou não incluídos nas fichas técnicas, que determine lesão de especial gravidade, quer pela sua natureza, quer pelo período da incapacidade, fique impossibilitado de prosseguir no jogo e este esteja dado por terminado antes do tempo regulamentar, o Clube a que o mesmo pertence será punido com a pena de derrota e multa de 30.000, 00mt (trinta mil meticais) a 50.000, 00mt (cinquenta mil meticais)”.

Contudo o jogo foi reatado no dia seguinte à agressão e acabou por ser vencido pela equipa anfitriã, o Vilankulo FC.

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