Barcelona e Manchester United jogam esta noite, a partir das 20h45, a final que simboliza o melhor do futebol europeu nos últimos 20 anos. No estádio da Wembley, palco mítico do desporto, vai-se realizar o duelo dos “reis da Champions League”.
Desde que a competição foi renovada, a partir da temporada 1992/1993, o clube catalão e o gigante inglês são exemplos de sucesso. Foram os que mais pontos somaram na nobre competição já nesse longo período. O Manchester levantou a taça em 1999 e 2008, e o Barça ficou com o troféu em 2006 e 2009.
Até 1991, o Barcelona não tinha nenhum título da Liga dos Campeões. Em 1992, ganhou o último troféu da disputa no velho formato. O Manchester United ostentava apenas a sua taça de 1968. Essa era de ouro da dupla passa também pelo domínio caseiro, algo sem precedente para ambos – os dois venceram seus Campeonatos Nacionais esta temporada com certa folga.
A Premier League, versão moderna do futebol inglês, nasceu com a Champions e viu crescer a hegemonia dos “Diabos Vermelhos”. Foram 12 títulos nacionais, o que fez a equipa superar este ano o rival Liverpool em taças (19 a 18). O Barcelona, que conseguiu um tetra com Cruyff no comando no início dos anos 90, conquistou 11 vezes o Espanhol desde 1991. Mais do que ganhara antes (10). Se antes estavam à sombra dos inimigos Liverpool e Real Madrid, além de outros históricos multicampeões continentais, como Ajax, Bayern e AC Milão, os finalistas deste ano agora dividem a hegemonia.
O catalão Pep Guardiola pode fechar um ciclo de três anos na perfeição: caso vença, alcança, com dois títulos na Liga dos Campeões, o seu rival Alex Ferguson (vencedor em 1999 e 2008). Se o escocês do United ganhar, atinge o patamar reservado apenas ao lendário Bob Paisley, único treinador a arrebatar três troféus na competição rainha, com o Liverpool. Há muita coisa que une Pep e Alex, mas há uma que os separa: a final de 2009 de Roma. Nessa ocasião, o Barcelona venceu o United (2-0). Agora, voltam a encontrar-se.
Para Ferguson, Guardiola exigiu respeito. “Uma pessoa que continua no cargo ao fim de 25 anos, que resiste à passagem do tempo, só se pode dizer que conhece bem esta história”, sublinhou o catalão. Chamou-lhe um dos “grandes treinadores da história do futebol”. Para entrar na história pela porta grande, Ferguson teve de sofrer (entrou em Old Trafford em 1986 e só venceu a Champions em 1999), mas também fez sofrer.
Números da final
9 milhões de euros – Este é o prémio monetário destinado ao clube que vencer hoje em Wembley, valor que será somado ao que já ganhou até chegar à final. O derrotado receberá 5,6 mihões.
A equipa que vencer assegura o título pela 4.ª vez, igualando Ajax e Bayern . O recordista é o Real (nove), seguido de Milan (sete) e Liverpool (cinco).
Esta é a 16.ª final entre um clube espanhol e um inglês. Nas 15 anteriores, os espanhóis ganharam oito vezes, mais uma que os representantes ingleses.
Nas dez ocasiões anteriores em que a final se realizou no país de um dos finalistas, a equipa da “casa” venceu sete vezes. O Manchester United (1968) é uma delas.
Cobertura global
A final de Wembley vai contar com 86.000 espectadores nas bancadas, sendo transmitida por 113 parceiros de transmissão para mais de 220 países, sendo vista por mais de 160 milhões de telespectadores (chegará a 300 milhões em todo o Mundo). Esta é assim a maior final da UEFA Champions League realizada até à data.
O jogo será coberto por 38 câmaras, incluindo uma câmara “spidercam” e um helicóptero. Existem 115 posições para câmaras num dos lados do relvado e 20 posições para câmaras atrás das balizas – são 180 câmaras de televisão no total.
Na final vão marcar presença 75 cadeias televisivas com direitos e 1.500 elementos da produção e “staff” estarão no terreno. Estarão ainda presentes cerca de 700 jornalistas da imprensa escrita, 160 fotógrafos, num evento que terá 130 posições para comentários de TV e rádio. A área da TV (‘TV compound’) irá albergar 80 camiões, numa área de 6.000m².
