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Liga Árabe discute conceder a vaga da Síria à oposição

Os ministros da Liga Árabe debateram, esta Quarta-feira (6), a possibilidade de conceder o lugar vago da Síria no bloco regional à Coligação Nacional Síria, de oposição, disseram os diplomatas.

Eles afirmaram que os ministros reunidos no Cairo estavam divididos sobre a possibilidade de deixar os oponentes do presidente Bashar al-Assad assumir o assento da Síria, anteriormente detido pelo governo de Damasco.

“As discussões sobre dar a vaga da Síria à oposição estão a ocorrer agora e há países a favor e outros contra”, disse um diplomata, sob a condição de anonimato. A Síria foi suspensa da Liga, com sede no Cairo, em Novembro de 2011, oito meses depois do que começou como uma insurreição pacífica popular contra Assad, mas transformou-se numa guerra civil.

A coligação, que inclui grupos políticos anti-Assad e os rebeldes, pediu formalmente pela vaga, mas o Iraque, a Argélia e o Líbano opuseram-se, informou o porta-voz da coligação, Walid al-Bunni.

“Eu não posso confirmar se a decisão será finalizada com a concessão do assento, mas estou esperançoso”, disse ele. Excluindo a Síria, a Liga tem 21 membros. Moaz Alkhatib, um ex-pregador de 52 anos na antiga mesquita Ommayad, em Damasco, foi escolhido em Novembro para chefiar a coligação de oposição.

Ele ganhou promessas modestas de apoio para os rebeldes de ministros ocidentais e árabes em Roma no mês passado. O ministro de Relações Exteriores libanês, Adnan Mansour, pressionou na direcção oposta na reunião desta Quarta-feira, pedindo que a suspensão da Síria seja cancelada para ajudar a encontrar uma solução política para o conflito que já custou cerca de 70 mil vidas.

“A comunicação com a Síria… é essencial para uma solução política”, disse Mansour à reunião. Ele declarou à Reuters mais tarde que o assento da Síria não deve ir para a oposição. “A Síria é um Estado e um governo e a ideia de que um Estado pode ser substituído por um grupo de adversários é muito perigosa”, afirmou.

O governo do primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, é dominado por uma coligação, incluindo o grupo militante Hezbollah e seus aliados, principalmente xiitas e cristãos, que apoiam Assad.

Um milhão de refugiados deixaram a Síria, aumentando a pressão sobre seus vizinhos, incluindo o Líbano, que estão com dificuldades para recebê-los, disse a agência de refugiados da ONU, esta Quarta-feira.

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