Alguns líderes comunitários da localidade de Namanhumbir, no distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, são acusados de estarem a obstruir acções tendentes a construção de infra-estruturas sociais em benefício das populações locais.
As infra-estruturas sociais, entre escola, posto de saúde, furos de água e outras, figuram no quadro da responsabilidade social da empresa mineira “Montepuez Ruby Mining, Lda”.
A empresa, saída da fusão entre a “MWIRITI, Lda”, moçambicana, e a “GEMFIELDS”, britânica, vai implementar na região de Namanhumbir um projecto mineiro cujo financiamento é avaliado em 10 milhões de dólares US.
Segundo reza a legislação moçambicana, um investimento de género deve garantir a construção de benfeitorias sociais supra mencionadas para beneficiar as populações locais.
Mesmo antes desta fusão, a MWIRITI, Lda., empresa que explorava o rubi e outros minérios associados na região, já tinha em carteira a edificação de algumas infra-estruturas, segundo Asghar, sócio desta empresa mineira.
O projecto não avançou por culpa das estruturas locais de base, uma vez que, quando em Abril do ano passado, foi-lhes comunicado que o mesmo iria iniciar, estas não responderam por razões desconhecidas até ao momento.
A mudez dos responsáveis de Namanhumbir obrigou a intervenção do governador de Cabo Delgado, Eliseu Machava, o qual instruiu a empresa para dar início a esse projecto, que vai beneficiar, também, as pessoas que hoje obstruem para o seu arranque.
A “MRM, Lda”. tem, em Namanhumbir, uma concessão de 34 mil hectares de terra para prospecção e mineração, com um projecto que visa transformar a região numa pequena vila mineira.