Mais de 20 líderes comunitários do distrito de Muecate, na província de Nampula, exigem das autoridades governamentais a aprovação de um instrumento que lhes garanta o direito a um salário, como forma de minimizar o sofrimento a que estão sujeitos.
Paulino Nemar, um dos líderes comunitários do segundo escalão, residente no bairro de Muma, posto administrativo de Imala, disse que, para além do pagamento de salários, exige-se a atribuição de fardamentos que os identifiquem como chefes das comunidades.
A exigência de remunerações por parte deste grupo, que faz parte dos veteranos da Luta de Libertação Nacional de Moçambique, não é um assunto novo mas nunca foi resolvido de forma satisfatória, segundo o mesmo.
Paulino Nemar disse que os chefes das localidades gastam a maior parte do seu tempo a fazer trabalhos que cabem ao Executivo, tais como a cobrança de impostos e a mobilização da população para participar em várias actividades.
“Percorremos longas distâncias a pé para divulgar as orientações do governo local mas não temos recompensa”, disse Nemar. Porém, as autoridades governamentais prometem corrigir a situação o mais rápido possível e distribuir os fardamentos dentro de dias.