Deixando de lado a retórica belicosa das últimas semanas, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, apareceu, Domingo (24), na imprensa estatal a inspeccionar violões e tambores produzidos pelo Exército, e disse que é importante produzir instrumentos musicais de qualidade, para que os seus soldados “passem os seus dias proveitosos no Exército cheios de alegria e optimismo militante”.
A agência estatal de notícias KCNA também o mostrou a inspeccionar sobretudos para alunos das principais escolas militares, e a sugerir melhorias no estilo.
Segundo os observadores militares, as Forças Armadas norte-coreanas – que têm 1,2 milhão de integrantes, o quarto maior contingente mundial – dedicam a maior parte do seu tempo a actividades como a indústria e a pesca de caranguejo, porque os exercícios militares são caros demais para o país, e os militares precisam de alimentar-se.
A orientação de Kim segue o exemplo do seu falecido pai, o dirigente Kim Jong-il, que costumava dar conselhos a fábricas, agricultores e às Forças Armadas.
Kim Jong-un, de 30 anos, ainda está muito distante de repetir os feitos atribuídos ao seu pai – os quais incluem, segundo a KCNA, a invenção do oungum, um instrumento semelhante ao banjo que é “enormemente popular” na Coreia do Norte, e ter feito 11 “holes-in-one” num só jogo de golfe.