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Líder do Estado Islâmico pede ataques contra Arábia Saudita em discurso

O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, convocou ataques contra os governantes da Arábia Saudita num discurso supostamente feito em seu nome, esta quinta-feira (13), dizendo que o seu autodeclarado califado está expandir-se nas terras sauditas e em quatro outros países árabes.

Baghdadi também declarou que a campanha militar liderada pelos Estados Unidos contra o seu grupo na Síria e no Iraque está a fracassar e pediu “vulcões de jihad (guerra santa)” pelo mundo afora. Não foi possível confirmar de maneira independente a autenticidade do discurso – uma gravação de áudio divulgada nas redes sociais do Estado Islâmico. A voz é parecida com a de um discurso anterior feito por Baghdadi em Julho numa mesquita na cidade iraquiana de Mosul, a última vez que ele falou em público.

A sua divulgação sucedeu relatos contraditórios vindos do Iraque depois de ataques aéreos dos EUA na sexta-feira passada questionando se ele teria sido ferido numa das incursões. Na terça-feira, os Estados Unidos declararam que não poderiam confirmar se ele foi morto ou ferido no Iraque depois de um ataque perto da cidade de Falluja.

Baghdadi exortou os seus apoiantes na Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, a combaterem os governantes da monarquia, que uniu-se à coligação encabeçada pelos EUA nos ataques aéreos cada vez mais frequentes contra o Estado Islâmico na Síria.

“Ó filhos de al-Haramayn… a cabeça da serpente e a fortaleza da doença estão lá… tirem as suas espadas e digam adeus à vida, porque não deve haver segurança para Saloul”, discursou Baghdadi, usando um termo depreciativo para referir-se à liderança saudita.

Haramayn é uma referência aos dois locais mais sagrados para o islamismo – ambos na Arábia Saudita. Desde que o Estado Islâmico lançou uma ofensiva no Iraque em Junho, a Arábia Saudita enviou milhares de soldados para a fronteira. No mesmo mês, o rei Abdullah prometeu adoptar “todas as medidas” para proteger a Arábia Saudita do grupo sunita extremista, que classificou como uma organização terrorista.

O discurso não tem data, mas continha uma menção a um anúncio de 7 de Novembro no qual o presidente norte-americano, Barack Obama, aprovou o envio de 1.500 soldados adicionais para o Iraque. Baghdadi disse ter aceitado juramentos de aliança de apoiantes da Líbia, do Egito, do Iémen, da Arábia Saudita e da Argélia.

“Anunciamos a expansão do Estado Islâmico a novos países, os países do Haramayn, Iémen, Egito, Líbia, Argélia”, afirmou ele no discurso, no qual falou longamente sobre a expansão do grupo.

Embora os apoiantes de países como Líbano, Paquistão e Afeganistão tenham jurado a sua aliança à facção sunita radical, Baghdadi só destacou os cinco Estados mencionados, escolhendo nações onde os seus simpatizantes têm uma base robusta e podem realizar atentados.

Entretanto, ele acrescentou: “Ó soldados do Estado Islâmico… façam vulcões de jihad entrarem em erupção em toda parte. Ponham fogo no mundo contra todos os ditadores”.

Referindo-se à campanha militar liderada pelos EUA contra o seu grupo, ele disse: “Apesar de esta cruzada ser a mais feroz e severa de todas, é o maior fracasso”. “Vemos a América (os EUA) e os seus aliados cambaleantes de medo, fraqueza, impotência e fracasso”. O discurso foi transcrito em árabe e traduzido para o inglês.

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