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Lesotho/crise: Troika quer roteiro ate finais de Março

A Cimeira da Troika do Órgão da SADC de Cooperação nas áreas de Politica, Defesa e Segurança quer que o Lesotho elabore um roteiro que servirá de base para a monitorização do progresso já alcançado no dialogo a busca de uma solução para a crise pós–eleitoral naquele pequeno reino.

O mesmo roteiro deverá ser entregue ao Presidente do Órgão, o Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, ate finais de Março próximo. Esta é uma das conclusões saídas da Cimeira da Troika do Órgão que vinha decorrendo desde Domingo ultimo na capital do Lesotho, Maseru, e que terminou na noite de Segunda-feira, sob liderança do Presidente moçambicano. 

Assim sendo, o Conselho Cristão do Lesotho (CCL), apoiado por uma equipa de facilitadores da SADC, deverá trabalhar, num processo inclusivo e participativo, na elaboração de uma lista contendo os principais pontos de discórdia e a possível forma de os resolver.

A lista deverá ainda conter um calendário para a revisão da Constituição e da Lei Eleitoral, instrumentos tidos como contendo “muitas” lacunas, o que teria, em grande parte, precipitado a crise que se instalou depois das eleições legislativas de Fevereiro de 2007.

Por outro lado, segundo o comunicado final do encontro lido pelo Secretario Executivo da SADC, o moçambicano Tomas Salomão, a Troika prometeu, através deste organismo regional, ajudar o Lesotho a mobilizar recursos financeiros para apoiar o processo, bem como prestar apoio técnico ao CCL, no seu papel de mediador, e para facilitar a comunicação com as estruturas relevantes da SADC.

Segundo apurou a AIM em Maseru, os recursos financeiros serão disponibilizados com base no roteiro a ser estabelecido pelas partes envolvidas no processo.

A Cimeira da Troika enfatizou a necessidade do povo do Lesotho encontrar uma solução duradoira para os desafios “por mais difíceis que sejam, recorrendo ao diálogo, o que requer tolerância e abertura”. Enquanto se buscam soluções para os desafios que o Lesotho enfrenta, a Cimeira realçou que a paz e a estabilidade deverão prevalecer.

Esta Cimeira, segundo o documento final, apela a todos os actores envolvidos no diálogo politico pós-eleitoral para assegurarem a sua disponibilidade e sua plena participação no processo em curso, colocando os interesses da nação no centro das suas atenções.

Para alem de visitas de cortesia ao Rei Letsie III, e ao Primeiro-Ministro, Pakalitha Misisili, ambos do Reino do Lesotho, a Cimeira realizou consultas com os actores envolvidos no processo politico, nomeadamente a Comissão Eleitoral Independente (CEI), o CCL, os partidos políticos da oposição, Governo e representantes do partido no poder.

Para alem de Guebuza, tomaram parte na Cimeira o Rei Mswati III, da Swazilandia, na qualidade de Presidente Cessante da Troika do Órgão, e o Ministro da Defesa da Zâmbia, Kalombo Mwanza, em substituição do Presidente zambiano, Rupiah Banda, que agora ocupa a vicepresidência.

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