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Lançado projecto de desenvolvimento de PME’s

O Governo moçambicano e o Banco Mundial lançaram na quarta-feira, em Maputo, o Projecto de Apoio a Competitividade Empresarial (PACDE), uma iniciativa destinada a impulsionar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas (PME’s) do país.

Trata-se de um projecto financiado pelo Banco Mundial num valor de 25 milhões de dólares norte-americanos, contando também com uma contribuição adicional do Governo da Irlanda de 1.1 milhão de euros, segundo anunciou o representante residente do Banco Mundial em Moçambique, Luís Tavares, falando na abertura do seminário do lançamento deste projecto. Segundo Tavares, estes projecto tem duas componentes principais, sendo uma delas de melhorar a competitividade empresarial através do fortalecimento das PME’s de modo a alargar a base económica.

Assim, no âmbito de PACDE, as PME’s vão beneficiar de serviços de consultoria, formação e aconselhamento. “Além disso, o projecto apoiará o sector do turismo em Inhambane e o melhoramento da cadeia de valores deste sector”, disse Tavares, acrescentando também que “o projecto prevê a abertura de formação em horticultura em Nampula”. A segunda componente desta iniciativa visa melhorar o ambiente de negócios através do fortalecimento do diálogo entre o sector privado, entre outros aspectos. Falando na ocasião, o Ministro moçambicano da Indústria e Comércio, António Fernando, disse que este projecto irá resolver parte dos problemas enfrentados pelo sector privado no país, particularmente as PME’s.

Alguns desses problemas são a criação de um fundo para apoiar as empresas a resolver aspectos de competitividade, o estimulo a formação e apoio a ligações empresariais para sectores de rápido crescimento (como é o caso do turismo), facilitação do comércio através da criação de sistemas que tornem mais célere o processo de importações e exportações, entre outros. “Sendo que a maioria do tecido empresarial do país são PME’s, recomendamos fortemente que esta iniciativa enfoque a sua acção para este grupo.

É aí onde está o grosso de empresas que precisam do nosso apoio”, disse o governante. Na sua intervenção, António Fernando disse que muitas empresas moçambicanas e de moçambicanos estão sendo criadas nos últimos tempos, mas também reconheceu o facto de diversas firmas morreram ainda na sua idade “infantil”. Ainda assim, o Ministro referiu que o sector empresarial está a afirmar-se no país. Com efeito, apesar da crise financeira internacional, o sector da manufactura, por exemplo, cresceu 2,2 por cento este ano.

Por seu turno, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), o empresário Salimo Abula, disse não haver dúvidas que este projecto venha a trazer benefícios para o sector privado, sendo para isso necessário o empenho e envolvimento do sector empresarial nesta iniciativa. Abdula apontou também dos benefícios deste projecto na criação de mais postos de trabalho no país e no crescimento da produção de alguns sectores, como é o caso de horticultura.

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