Esta historia lembra-nos naqueles tempos em que ouvíamos a partir da Zambézia, “coisas da nossa terra” que era trazidas pelo jornalista Gomes Iossomua, que outrora trabalhava na Rádio Moçambique. Até parece uma ficção, mas é uma realidade.
Um cidadão de nome Gemusse João, natural de Nampula e antes da sua morte, residente no bairro Manhaua, encontrou a morte depois de ter sido espancado pela população do bairro Brandão, arredores de Quelimane, no último sábado. Testemunhas contam que tudo começou quando na noite do dia anterior, portanto, sexta-feira, Gemusse, em companhia de um outro seu comparsa, decidiram ir arrombar e roubar na residência de um cidadão de nome Luís Portugal.
Depois de terem arrombado a residência do Luís, os dois meliantes introduziram-se no interior da mesma e recolheram os bens que acharam importantes. Só que, depois desta recolha de bens, o comparsa de Gemusse saiu fora e sumiu sem ter dado algum sinal ao seu colega de profissão. O tempo ia passando e Gemusse não aguentou mais, encostou a cabeça na mesa e dai adormeceu mesmo, sem ter se apercebido que o sol já estava a emitir raios e o galo já havia cantado. Os donos de casa logo cedo, quando na tentativa de abrir a porta, encontraram uma pessoa a dormir com artigos amontoados. É dai que, a família Portugal, chamou o secretário do bairro para apresentar a questão. Mas neste processo todo, o meliante nem se quer apercebeu-se, continuou ainda a dormir normalmente.
População espanca
Quando a população chegou para ver o insólito, nada mais fez. Lançou as mãos aos malfeitor e dai começaram a espancar. Não aguentando com as dores, pessoas de boa vontade levaram-no para o Centro de Saúde 17 de Setembro, na zona da Sagrada Familiar para receber os primeiros cuidados sanitários. Só que de lá, o pessoal em serviço, aconselhou que levassem o paciente a maior unidade hospitalar da província, neste caso no Hospital Provincial de Quelimane (HPQ). Chegado ao HPQ, também recebeu cuidados e dai foi mandado de volta a casa. Mas a caminho, Gemusse não aguentou, perdeu a vida, mas mesmo assim o corpo foi levado a esquadra. Já na esquadra, a corporação mandou de volta para a morgue do HPQ onde ate agora permanece o corpo sem reclamação, visto que ate ao fecho desta edição, a polícia não havia localizado os familiares da vítima.
“Fim de semana agitado em Quelimane”
Mesmo sem ter registado nenhum acidente de viação, a Policia da Republica de Moçambique (PRM), na Zambézia, considera que o fim-de-semana, foi muito agitado ao avaliar pelo número de crimes que foram cometidos. Alias, a PRM diz que não bastam os acidentes para se considerar que houve agitação. É que no último fim-de-semana, a província da Zambézia, registou casos de homicídios voluntários que culminaram com a morte de pessoas agredidas e detenção de alguns agressores e outros ainda a monte.
Ernesto Serrote, porta-voz da PRM na Zambézia, disse ao nosso jornal que os crimes cometidos obrigam a polícia a trabalhar duro de forma a conter esta onda. Questionado se os protagonistas destas acções a policia terá encarcerado, Serrote disse que alguns estão neste momento nas malhas da polícia, enquanto que outros estão a monte.