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Kremlin e companhia aérea MetroJet não excluem possibilidade de atentado

O Kremlin e a companhia aérea MetroJet (Kogalymavia), proprietária do avião acidentado no Egipto, não excluíram nesta segunda-feira(02) nenhuma hipótese, incluído um atentado terrorista, como causa da tragédia, embora advertiram que seja cedo para tirar conclusões.

“Agora não se pode descartar nenhuma versão”, disse o porta-voz do Kremlim, Dmitri Peskov, questionado pelos jornalistas sobre se contemplava a possibilidade de um ataque terrorista. Porém, Peskov mostrou-se cauteloso quando disse que “a investigação só está a começar…é preciso esperar pelo menos os primeiros resultados”.

Quase simultaneamente, directores da companhia aérea acidentada asseguraram que a única causa possível para que o Airbus A321 se desintegrasse no ar é “uma acção mecânica exterior”, e afirmaram que os pilotos perderam totalmente o controlo do aparelho antes de começar a queda.

“A única causa que pode explicar é uma acção mecânica exterior na aeronave”, disse em conferência de imprensa o vice-director geral da companhia para voos, Alexander Smirnov. “Não pode haver tal conjunção de erros de sistemas que levem o avião a se desintegrar no ar”, acrescentou.

Smirnov ressaltou que “inclusive no caso de uma despressurização súbita, os pilotos poderiam colocar as máscaras de oxigénio, e os passageiros também”. Questionado sobre a possibilidade de um ataque terrorista, Peskov afirmou que “pode ter sido qualquer coisa”, embora tenha pedido para esperar pelos resultados das investigações.

Por outro lado, o Airbus voava descontrolado antes de cair no Sinai, afirmou o vice-director técnico, Andrei Averianov, na mesma conferência de imprensa.

Averianov disse que de acordo com a informação do sistema de acompanhamento, “o avião reduziu a velocidade de mais de 300 km/h em menos de um minuto e simultaneamente perdeu 1,5 quilómetros de altitude”. “Um avião não pode voar nesse regime, e menos um avião de passageiros ou de carga. Isto significa que a aeronave voava de maneira descontrolada, e não estava a voar, mas a cair”, assinalou.

Averianov também explicou que o Airbus seguramente estava já seriamente danificado antes de cair contra o solo. “Antes do A-321 cair, é muito provável que tenha sofrido um dano considerável na sua construção que não lhe permitiria voar, e obviamente, no momento de começar a situação catastrófica, a tripulação perdeu totalmente o controlo”, disse.

“Isso explicaria por que não houve tentativas de informar sobre uma emergência a bordo”, acrescentou No próprio sábado, horas após cair o avião com 224 pessoas uma meia hora depois de descolar de Sharm el-Sheikh com destino a São Petersburgo, tanto a Rússia como o Egipto descartaram a possibilidade de um ataque terrorista.

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