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Kim Jong-Il disposto a retomar negociações nucleares

O líder norte-coreano, Kim Jong-Il, disse ao presidente Hu Jintao, durante sua visita à China, que está disposto a retomar as negociações sobre o controverso programa nuclear de seu país, informou esta quinta-feira a imprensa sul-coreana. Sem citar fontes, a agência sul-coreana Yonhap assegurou que Kim transmitiu o compromisso ao presidente chinês em uma reunião de mais de quatro horas na quarta-feira, em Pequim.

O regime chinês, que recebe as conversações sobre o programa nuclear norte-coreano desde 2003, é favorável a uma rápida retomada das negociações, nas quais participam, além da Coreia do Norte e China, Estados Unidos, Rússia, Coreia do Sul e Japão. O dirigente norte-coreano de 68 anos chegou na segunda-feira para realizar uma visita envolta no maior sigilo.

Segundo os analistas, o objetivo era assegurar o apoio de seu grande aliado comunista. “A Coreia do Norte necessita de uma válvula de escape, agora que seu isolamento internacional se aprofundou e seus problemas econômicos pioraram”, comentou com a AFP Kim Yong-Hyun, especialista em Coreia do Norte na Universidade Dongguk de Seul.

Pyongyang, que fez dois testes nucleares em 2006 e 2009, respectivamente, está submetido às sanções da ONU por negar-se a deter o programa atômico. Sua economia sofreu um novo golpe em novembro por causa de uma mudança na política monetária, que prejudicou gravemente os correntistas e fez a inflação disparar. A Coreia do Norte disse que não negociaria de novo até que fossem suspensas as sanções da ONU e Washington aceitasse discutir um tratado de paz formal.

Agora, em troca do apoio chinês, os analistas acham que Kim poderá retomar as negociações internacionais, cujo objetivo é pôr fim ao programa nuclear de Pyongyang. No entanto, Seul afirma que não negociará enquanto não for esclarecido o afundamento de um navio de guerra sul-coreano, ocorrido em 26 de março. A misteriosa explosão que custou a vida de 46 marinheiros pode ter sido causada por um torpede norte-coreano.

Esta quinta, a imprensa sul-coreana revelou que um fragmento de torpedo foi encontrado nos destroços do navio sul-coreano que explodiu e afundou próximo à fronteira marítima com a Coreia do Norte. “Está confirmado que a explosão foi provocada por um torpedo”, disse um membro da comissão, que pediu para não ser identificado, segundo o jornal Dong-A Ilbo. “Um tipo de alumínio encontrado nos destroços não existe na Coreia do Sul. Este torpedo não era nosso e há apenas um país capaz de atacar um navio de guerra sul-coreano”, disse o investigador, em referência à Coreia do Norte.

A corveta de 1.200 toneladas “Chenoan” naufragou após uma misteriosa explosão, diante da ilha de Baengnyeong, no Mar Amarelo. O incidente matou 46 marinheiros sul-coreanos. O regime comunista de Pyongyang nega qualquer envolvimento no incidente.

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