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KIA CARNIVAL

KIA CARNIVAL


A crise económica que assolou a Coreia do Sul, no final dos anos 90, teve repercussões na indústria automóvel. A Kia, à semelhança de outros construtores locais, sentiu enormes dificuldades, pelo que a sua integração na Hyundai Motor Company (que detém 51% da Kia), no primeiro semestre de 1999, foi a solução encontrada para pôr termo a esse problema. O novo Carnival é o segundo produto a ser lançado no nosso país depois dessa joint-venture (o primeiro foi o Rio).

 

Embora existam sinergias de grupo, a Kia ainda não recorre às mesmas plataformas da Hyundai, facto que só acontecerá mais tarde. No entanto, o futuro é encarado com optimismo. Ambas as marcas pretendem, até 2010, alcançar o quinto lugar no ranking mundial de construtores.

A associação de duas marcas pode, por vezes, trazer algumas desvantagens, sobretudo quando elas são provenientes do mesmo país. Foi o que aconteceu com o Carnival. Apesar de o restyling ter sido bem conseguido, e de lhe ter trazido mais apelo, não há dúvida que houve uma clara perda de identidade face ao modelo antecessor. Se nos abstrairmos do símbolo da marca, parece que estamos na presença do Hyundai Trajet, devido à proximidade estética entre ambos. Os novos párachoques, a frente redesenhada (onde impera uma grelha mais elegante e uns grupos ópticos maiores), o perfil mais equilibrado (as jantes têm um novo desenho) e a traseira melhor proporcionada demarcam claramente a segunda geração Carnival da anterior. A única diferença da versão a gasolina para a versão Diesel reside na “bossa” existente nesta última, destinada a servir o intercooler. O interior marca também uma importante evolução face , a nível meramente estético, o ambiente e a elegância melhoraram, embora aqui também seja notória a tal perda de identidade que atrás referimos: todas as soluções são demasiado próximas das utilizadas no Hyundai Trajet. De qualquer forma, a consola central, totalmente nova, exibe um desenho bem mais convincente e é mais funcional, a qualidade de todos os materiais foi melhorada (é notória esta evolução no revestimento do tejadilho e nas aplicações a imitar madeira), as zonas de arrumação aumentaram, os bancos das segunda e terceira filas passaram a ser também amovíveis (para além de rebatíveis), o portão traseiro dispõe agora de amortecedores, a insonorização melhorou e o nível de .

Graças ao redesenhamento do subchâssis dianteiro, a Kia afirma que a segunda geração Carnival é mais eficaz na absorção da energia proveniente das colisões frontais. Tanto as barras nas portas como os dois airbags são de nova concepção. O reforço dos pilares A e de toda zona dianteira permitiu aumentar a rigidez que, nalguns casos, atinge uns importantes 25%. De resto, continuam a marcar presença o ABS e os cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de força (reguláveis também em altura).

Em termos mecânicos, apesar de tanto a suspensão dianteira como a direcção terem sido revistas, em nome da eficácia, a maior novidade reside talvez na adopção de um melhorado motor turbodiesel. Apesar de manter a mesma cilindrada, o mesmo diâmetro e curso dos cilindros, o mesmo intercooler e o mesmo número de válvulas (16 e accionadas por intermédio de duas árvore de cames à cabeça), a injecção directa passou a ser do tipo commonrail, o que permitiu aumentar a potência e o binário e diminuir os consumos e o ruído de funcionamento. Para além desta versão Diesel, o Carnival disponibiliza, ainda, o motor 2.5 V6, com 24 válvulas, accionadas por quatro árvore de cames à cabeça. Qualquer dos motores está disponível com caixa manual de cinco velocidades ou automática de quatro.

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