Uma jovem de aproximadamente 20 anos de idade foi morta após ter sido violada sexualmente e seu corpo abandonado numa banca, próxima do restaurante Sunligth (no Chiveve), na cidade da Beira, província central de Sofala, mesmo na área onde há pouco tempo foi assassinado o docente do Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Alberto Chipande (ISCTAC), Hélder Camilo Cadeado.
Segundo o jornal Diário de Moçambique, a vítima, cuja identidade completa se desconhece, é natural da província de Manica (cidade de Chimoio) e foi violada e de seguida assassinada por indivíduos até aqui desconhecidos pela Polícia, na noite de domingo para segunda-feira.
Uma fonte próxima da família disse ao jornal Diário de Moçambique que a jovem saiu de Chimoio para Beira na semana passada, com objectivo de receber tratamentos hospitalares nesta cidade. Não se sabe como veio cair nas mãos dos indivíduos que a tiraram a vida depois de uma violação sexual no interior de uma banca, onde o corpo dela foi encontrado ontem. Os homicidas, que se crê integram o grupo que diariamente semeia pânico em vários pontos da cidade e na área próxima à “ponte dos cegos”, ao que se sabe estranhamente não foram vistos nem pelos guardas do restaurante Sunligth, que fica a escassos metros do local onde ocorreu o crime, e muito menos pelos agentes da Polícia, que têm patrulhado aquela zona.
Castro Manuel Vicente, fabricante de jóias na Beira, é o responsável da banca onde ocorreu o crime. Em entrevista à Reportagem do jornal Diário de Moçambique estranhou a forma como o duplo crime se deu dentro do seu estabelecimento, sem que ninguém de direito tomasse conhecimento. “Ela deve ter soltado gritos e se calhar pedido socorro”, observou. Ele disse que quando os seus trabalhadores, cujas identidades não os revelou, chegaram ao local a porta da banca estava fechada e amarrada por uma corda, o que levou a que eles suspeitassem ter ocorrido algo estranho na noite anterior.
Vicente disse que, como era de costume encontrar a porta aberta devido à proliferação de marginais na calada da noite, o facto estar encerrada levantou suspeitas até que eles decidiram arrombá-la até descobrir o sucedido. “Quando entraram viram isto. Uma moça estatelada sem roupa, com as duas pernas abertas, sem respirar e com sinais de golpes”, contou Vicente, para depois acrescentar que o choque foi maior até que se sentiram obrigados a encaminhar o caso à 5ª Esquadra. “Quando recebi esta informação, desloquei-me para aqui e realmente encontrei isto. É triste o que está a acontecer nesta área. Esta não é a primeira vez que se registam mortes aqui. Há pouco tempo foi assassinado um docente universitário. Quase todas as manhãs a gente encontra artigos de pessoas espalhados nesta área, pessoas que são arrancados seus pertences mesmo à flor do dia”, disse.
O chefe da secção de imprensa no comando provincial de Sofala, Mateus Mazibe, confirmou que a jovem foi morta depois de uma violação sexual. “Ela foi violada e depois assassinada”, disse, para depois acrescentar que está em curso um trabalho investigação visando esclarecer o caso.