Um jovem, filho de um empresário de origem asiática e com nacionalidade moçambicana, foi raptado na manhã de quarta-feira (14), na Avenida das FPLM, na capital moçambicana, muito próximo da fábrica de colchões denominada Unibasma, onde ele trabalha. Na via localiza-se a 12a esquadra da Polícia, a qual não se apercebeu da ocorrência.
Os trabalhadores daquelas instalações não aceitaram comentar sobre o caso, mas consta que o carro da vítima foi bloqueado à entrada da fábrica, por volta das 08h00, por uma gangue composta por três supostos malfeitores munidos de três armas de fogo do tipo AKM.
Aliás, há quem diga que o grupo trazia pistolas em punho, abriu violentamente a porta do carro do jovem e arrastou-o para o outro veículo em que se fazia transportar, com a matrícula sul-africana, a qual não foi registada devido à instantaneidade com que a situação se deu. A viatura da vítima foi abandonada no local com a porta aberta e em funcionamento.
A Polícia confirmou o acto mas não avançou detalhes por ainda estar a investigar. Aliás, no briefing com a Imprensa, na segunda-feira, Orlando Mudumane, porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Maputo, disse que em relação ao sequestro que aconteceu na noite de 24 de Setembro passado, protagonizado por gente desconhecida na Sommerschield, um dos luxuosos bairros da capital moçambicana, ainda não há esclarecimento, o que sugere que a vítima continua em poder dos meliantes.
Sobre este rapto, os protagonistas arrastaram o cidadão de origem asiática, de 50 anos de idade, da sua própria residência e forçaram-no a acompanhá-los fazendo-se transportar no mesmo carro em que eles viajaram para chegarem ao local do crime.
Os sequestradores, alguns dos quais têm sido detidos e julgados mas os mandantes e as redes de que fazem parte ainda são publicamente desconhecidos, continuam a desafiar as autoridades e agem de tal sorte que desacreditam a eficácia dos agentes da Lei e Ordem, sobretudo do sector de investigação criminal.