O jovem nigeriano que tentou explodir um avião americano que ia de Amsterdão a Detroit na sexta-feira utilizou uma mistura de um líquido químico e pólvora, uma nova técnica indetectável no sistema de raio-X dos aeroportos, indicou este sábado a imprensa dos Estados Unidos.
Uma autoridade das forças de segurança que pediu anonimato explicou à rede de televisão CBS que o nigeriano usou “uma seringa para injetar um líquido químico em uma concentração de pólvora que havia escondido na parte alta do músculo”, uma “técnica que não havia sido observada até o momento”. O jornal The New York Times mencionou a mesma técnica.
Ao saber dos elementos usados pelo jovem, um especialista em explosivos de uma unidade antiterrorista francesa consultado pela AFP se mostrou suspreso. “Falta o detonador indispensável, como em toda cadeia pirotécnica, para provocar uma explosão”, indicou especialista.
Em Washington, um congressista elogiou o “heroísmo” dos passageiros e da tripulação do voo 253. “Estaremos para sempre em dívida com os heróicos passageiros e tripulantes que dominaram o suspeito”, declarou Bennie Thompson, presidente da Comissão de Segurança Interna da Câmara dos Representantes.