O Tribunal Judicial da cidade de Nampula, Norte de Moçambique, condenou quinta-feira última o jornalista Vasco da Gama, excorrespondente do semanário ‘Magazine Independente”, por cometimento de um crime de difamação e calúnia a deputada Lúcia Afate, da Renamo, maior partido da oposição no país.
Da Gama foi condenado a uma pena de quatro meses de prisão, convertidos em multa, e ao pagamento de 50 mil meticais (cerca de 1.400 dólares norte-americanos) por ter escrito um artigo alegando que a deputada Afate havia contraído um matrimónio tradicional com Afonso Dhlakama, líder da Renamo.
O juiz Fausto Rangarizai disse que, ao escrever o artigo em alusão, o jornalista Vasco da Gama ‘agiu premeditadamente com o intuito de difamar, com o agravante de ter cometido uma fraude ao usar um cartão falso da Renamo para obter informações referentes a concretização do tal matrimónio tradicional, vulgo “Nikah”, entre Lúcia Afate e Afonso Dhlakama.
Entretanto, o defensor do jornalista, o advogado David Chiconela, técnico do Instituto para Assistência Jurídica, recorreu a esta sentença por não concordar com a mesma.