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Jogadores e treinadores “ilegais” em Moçambique continuam no activo

Ainda não foram expatriados os treinadores e jogadores em situação ilegal no futebol moçambicano, conforme decisão do Ministério do Trabalho e tornada público no dia 06 do mês em curso. Os serviços de migração ainda não cumpriram com o despacho da entidade laboral e, enquanto isso, os “ilegais” vão exercendo normalmente as suas actividades.

Segundo apurou o @Verdade na manhã desta quarta-feira (19), após uma ronda feita pelas duas instituições, o Ministério do Trabalho, tal como deu-se a conhecer num passado recente, remeteu um despacho à Direcção Nacional de Migração a solicitar a expatriação, de forma urgente, dos cidadãos estrangeiros com a situação laboral extralegal nos clubes de futebol. No entanto, o processo não conhece avanços na última instituição que, volvidos 13 dias, ainda não deportou ninguém.

Razões: pura benevolência. A nossa equipa de reportagem soube de uma fonte sénior dos serviços de migração que esta instituição ainda não cumpriu com o seu papel, única e simplesmente por achar que as irregularidades detectadas pelo Ministério do Trabalho são sanáveis.

A Direcção Nacional de Migração, desde que recebeu as ordens, tem efectuado contactos com os clubes para que estes possam proceder com a entrega de documentos necessários para a legalização dos seus trabalhadores.

Todavia, a atitude daquela instituição subordinada ao Ministério do Interior é a margem das normas visto que, primeiro, a fiscalização da situação laboral no país é da inteira competência da Inspecção-Geral do Trabalho e, segundo, porque o seu papel, neste processo, é de expatriar os ilegais do país no cumprimento da decisão tomada pelo outro organismo.

Os estrangeiros “ilegais” continuam a trabalhar normalmente

Mesmo contra a decisão do Ministério do Trabalho, neste momento impedida pela Direcção Nacional de Migração, os jogadores e treinadores encontrados em situação de ilegalidade no país continuam a exercer normalmente as suas actividades.

Ainda nesta quarta-feira (19), por exemplo, Diamantino Miranda e seu adjunto, Nelson Santos, orientaram o Costa do Sol no jogo contra a Liga Muçulmana a contar para a Taça de Moçambique. O mesmo pode-se afirmar de Rogério Gonçalves e seu adjunto, no Ferroviário de Nampula, que nestas três semanas orientaram dois jogos daquela equipa, um para a taça e outro para o Moçambola.

Não obstante, tratando-se de futebol, os adversários das equipas que alinham com “ilegais” podem contestar os jogos o que, de uma ou de outra forma, contribui para a falta da verdade desportiva, sobretudo quando sabe-se de antemão que nem em Moçambique devem residir.

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